1984

Capa 1984

Título: 1984
Autor: George Orwell 
Editora: Principis 
Páginas: 335

Resumo do livro 1984

1984 foi escrito no final da década de 1940, com a Guerra Fria batendo à porta e com um mundo devastado pela Segunda Guerra Mundial, dividido entre o vermelho e o azul, o comunismo e o capitalismo, entre União Soviética e Estados Unidos. É de dentro desse contexto permeado por uma intensa polarização das opiniões, ações e políticas que o autor concebeu um futuro distópico para o longínquo ano de 1984.

1984 – História

Após ser devastado por uma grande guerra, o mundo se dividiu em 4 grandes áreas de influencia: Oceania, Lestásia e Eurásia, e um outro território sem dono disputado por esses 3. O cenário é Londres dominada pelo Partido, uma organização que dominava a Oceania com punhos de aço. O chefe absoluto do Partido era o Grande Irmão, uma entidade (corpórea ou não) amedrontadora, que se apresentava apenas em cartazes espalhados pela cidade e em lugares onde sua presença física nunca era comprovada. Londres era uma cidade dominada pelo medo e pela vigilância. Em cada casa havia uma Teletela, um aparelho que ficava ligado o tempo todo e captava as imagens e os sons emitidos por todos os cidadãos londrinos dentro de suas próprias casas.

Conhecemos Winston Smith, um funcionário do baixo escalão do Partido, divorciado, que trabalhava no Ministério da Verdade e era responsável por mudar os registros do passado de acordo com as ordens que o Partido emitia no presente com a intenção de ludibriar o povo e moldar o futuro. Ainda que Winston estivesse incomodado com seu emprego, ele participava de todos os eventos obrigatórios do Partido, executava seu trabalho de forma mecânica e controlada. Contudo, no fundo Winston estava chegando ao seu limite. Para que pudesse extravasar suas angústias e o seu desespero, Winston conseguiu um diário no mercado negro da cidade e aproveitou um espaço escondido da Teletela para dar vazão aos seus pensamento. E esse foi o primeiro passo da ruína de Winston.

“Socing. Os princípio sagrados do Socing. Novidioma, duplopensar, a mutabilidade do passado. Winston sentiu como se estivesse vagando nas florestas do fundo do mar, perdido em um mundo monstruoso em que ele próprio era o monstro. Encontrava-se sozinho. O passado estava morto, o futuro era inimaginável.”

Logo Winston estava andando no bairro dos Proletas (trabalhadores e pobres), atrás de objetos proibidos. E então conheceu Julia, também membro do baixo escalão do Partido e que estava atrás de Winston para uma aventura sexual. Apesar de toda a censura e toda vigilância, Winston e Julia conseguiam se encontrar várias vezes e deixavam crescer o sentimento de companheirismo e luxúria. O gosto de fazer algo proibido aguçava seus sentidos. Além disso, ambos partilhavam os mesmo pensamentos sobre o Grande Irmão e o Partido: um bando de sanguinários pervertidos, hipócritas e ditadores.

Winston alugou um quarto no bairro dos Proletas para se encontrar com Julia. E ali partilhavam momentos e pensamentos proibidos em público. Logo desenvolveram pensamentos mais complexos sobre a sociedade em que viviam e o que poderiam fazer para mudá-la. É então que Winston recebeu um convite para ir à casa de O’Brien, membro do alto escalão do Partido. Apesar de ter a certeza de estar indo para uma armadilha, Winston e Julia se encontraram com O’Brien para uma reviravolta em suas vidas.

“E se todos os demais aceitavam a mentira que o Partido impunha, se todos os registros contavam a mesma história, então a farsa era incorporada à História e se tornava verdade. “Quem controla o passado”, dizia o lema do Partido, “controla o futuro: quem controla o presente controla o passado”. E mesmo assim o passado, apesar de sua natureza mutável, nunca tinha sido alterado. Não importava o que fosse verdade agora, era verdade desde sempre e para sempre.”

Demonstrando o mesmo cansaço com o Partido e com o Grande Irmão, O’Brien convidou o casal para se juntarem a ele na Irmandade, uma sociedade secreta que supostamente existia para minar o controle do Partido e destruir o Grande Irmão. O’Brien inclusive passou para Winston um livro escrito por Goldstein, o maior inimigo da Oceania e diariamente xingado e ofendido durante os 2 minutos de ódio. Sem poder acreditar no que estava acontecendo, Winston e Julia juraram lealdade à Irmandade e prometeram morrer pela causa que defendiam.

1984 – Conclusão

Infelizmente para Winston e Julia era tudo traição. O livro era falso, assim como a Irmandade. Também era falso o quadro que escondia uma Teletela no quarto alugado por Winston. Logo a Polícia do Pensamento capturou o casal e os levou ao Ministério do Amor, local reservado às perseguições, torturas e mortes dos descontentes e desviados. Do Winston que entrou sobrou apenas a casca. As inúmeras sessões de tortura esvaziaram-no. Agora, ele era apenas um arremedo de ser humano. Foi novamente inserido na sociedade apenas para esperar o ato final, que ele tinha certeza que logo chegaria.

Não é sem razão que 1984 é um dos mais lidos no mundo. Uma história de um futuro não tão distante e não tão improvável. É assustador como vivemos, nos dias atuais, sob controle. Do Estado, da sociedade, da comunidade. Tudo o que fazemos é filmado, todos os lugares são monitorados. Infelizmente, estamos mais próximos de 1984 do que gostaríamos.

“O poder não é um meio, é um fim. Não se estabelece uma ditadura de modo a salvaguardar uma revolução; faz-se a revolução de modo a estabelecer a ditadura. O objetivo da perseguição e á perseguição. O objetivo da tortura é a tortura. O objetivo do poder é o poder.”

Indico o filme 1984, lançado em 1984 (!). É uma adaptação do livro para o cinema

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1984

Até a próxima!

 

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