Título: A Esfinge dos Gelos
Autor: Júlio Verne
Editora: Centaur
Páginas: 418
Resumo do livro A Esfinge dos Gelos
A história da conquista da Antártida é cheia de mistérios e uma boa dose de folclore. Até as primeiras descobertas científicas e geográficas do século XX, muitos navegadores já haviam se lançado para além do paralelo 64 Sul, e suas histórias permearam o imaginário da humanidade por um bom tempo. Dessa forma, a Antártida não poderia deixar de ser cenário para a literatura do século XIX e Júlio Verne, famoso por livros que extrapolavam a imaginação humana em ambientes inóspitos, nos presenteia com essa aventura espetacular para o distante e inabitado continente antártico. Esse livro foi publicado em 1895.
A Esfinge dos Gelos – História
Estamos em 1839 e somos leitores do diário do Sr. Jeorling, um americano viajante que está de passagem pelas Ilhas Kerguelen (um grupo de ilhas localizadas no extremo sul do oceano Índico). Com o objetivo de retornar para sua terra natal, Jeorling espera a chegada da escuna ‘Halbrane’ que após algumas paradas tinha como destino o porto de Connecticut. Mas a história toma outro rumo quando a ‘Halbrane’ chega.
“Capitão Len Guy – Porque o itinerário da Halbrane não é nunca fixado de antemão. Ela sai para um porto e vai a um outro, conforme a vantagem que encontro nisso. Convém saber-se que não estou a serviço de nenhum armador. A escuna pertence-me em grande parte, e não tenho de receber ordens de ninguém a respeito de suas travessias.”
Havia um elo em comum entre o Capitão da Halbrane, Len Guy, e nosso personagem. Jeorling conhecia a história: “A Narrativa de Arthur Gordon Pym”, um livro real de Edgar Alan Poe, escrito em 1839, que conta a saga de Gordon Pym, capitão de um grande veleiro americano, após o motim e o massacre ocorridos em seu navio durante rota pelos mares do sul, e as terríveis aventuras da tripulação sobrevivente após seu resgate por uma escuna inglesa chamada ‘Jane’. Segundo a história, a ‘Jane’ era comandada por William Guy, o irmão desaparecido de Len Guy. Após passarem pela Ilha de Tristão da Cunha e chegarem às Ilhas Falkland, Len Guy e sua tripulação decidiram partir para o sul em busca de seu irmão.
A bordo, toda a marujada da ‘Halbrane’ e mais alguns novos marinheiros contratados nas Falkland, e Jeorling. Tendo como base o livro de Poe e os registros da viagem (verdadeira) de James Weddell, a escuna deslizou pelos mares do sul no auge do verão e encontrou a misteriosa passagem por entre os grandes blocos de gelo que supostamente os levaria para um mar livre de gelo no interior do continente antártico. E como o extraordinário não tem limite, a narrativa de Poe ainda dizia sobre uma ilha habitada, chamada Tsalal, com uma tribo de peles negras, hostis a qualquer povo desbravador.
“Eis-me, pois, entregue às contingências duma aventura que, segundo todas as probabilidades, ultrapassaria em imprevisto as minhas anteriores viagens. Quem suporia isso de mim? Eu, porém, estava preso numa engrenagem que me arrastava para o desconhecido das regiões polares, esse desconhecido de que tantos exploradores intrépidos debalde têm tentado devassar os segredos! E, desta feita, quem sabe se a esfinge das regiões antárticas não falaria pela primeira vez a ouvidos humanos? Não esqueci, todavia, que se tratava unicamente duma obra de humanidade.”
Navegando sempre para o sul, a escuna Halbrane se viu presa em cima de um imenso iceberg após um intenso nevoeiro. Com o princípio de um motim, o capitão Len Guy decidiu deixar os amotinados fugirem, pois sabia que não iriam muito longe. Os que ficaram decidiram uma última manobra e conseguiram sair do enorme bloco de gelo com um pequeno escaler e chegaram à ilha Tsalal. Mas o que encontraram não estava em nenhum livro: a ilha estava arrasada, sem nenhum ser-humano vivo, apenas ossos e carcaças. Contudo, encontraram na ilha os ossos de Tigre, o cão que fazia parte da expedição de Arthur Gordon Pym e os ânimos melhoraram com a esperança de achar o irmão do capitão Len Guy.
A Esfinge dos Gelos – História
Já bastante debilitados pela falta de alimentos, Jeorling e os poucos sobreviventes, ao buscar uma saída do mar interior antártico, encontraram uma pequena ilha, e para surpresa de todos, William Guy morava nela. Jeorling nos contou ainda que com o objetivo de atravessar o mar antártico e chegar na Austrália, o pequeno escaler atravessou o polo magnético sul da terra que estava marcado pela natureza com uma enorme esfinge de gelo com as nuances parecidas com a de um grande mastodonte. Neste ponto da viagem, encontraram o cadáver de Arthur Gordon Pym para terem a certeza de que Poe estava certo.
Uma aventura sensacional que estas simples palavras não conseguem e não podem encerrar. Leitura recomendada se você gosta de uma grande aventura.
“Em todo caso, viagem que deve terminar e sem distrações, porquanto o inverno não tardará a mostrar o nariz vermelho, os lábios gretados e as mãos cobertas de frieiras.”
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A Esfinge dos Gelos
Até a próxima!
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