Título: A Máquina do Tempo
Autor: H. G. Wells
Editora: Suma
Páginas: 176
Resumo do livro A Máquina do Tempo
Histórias sobre viagens no tempo permeiam nossas vidas, mas essa em particular é sensacional, e é também uma das primeiras do gênero, sendo publicada originalmente em 1895. O livro é escrito como um relato, escrito em primeira pessoa por alguém sem nome (que chamarei a partir daqui de Cronista), para um leitor qualquer. Mesmo o nome do personagem principal não é importante, ele é conhecido apenas como Viajante do Tempo, e organizou uma reunião para mostrar sua mais nova invenção. Teve o cuidado de chamar, além do Cronista, um médico, um psicólogo, e um sujeito chamado Filby. Entre espantos e ceticismos, uma nova reunião foi marcada para uma experiência inovadora.
A segunda reunião se deu em um jantar, onde estavam presentes: o Cronista, o Viajante do Tempo, um redator-chefe, um jornalista, o médico e um homem silencioso. A partir daqui o que lemos é um relato fantástico. O Viajante do Tempo contou em pormenores sua experiência de oito dias viajando pelo tempo, para um futuro muito distante no ano de 802.701.
“Senti-me nu em um mundo estranho. Senti talvez o mesmo que sente um pássaro quando voa no espaço aberto e vê um gavião pairando por cima dele, pronto para atacá-lo.”
Ele encontrou uma sociedade diferente de tudo o que ele imaginou, onde, com a natureza totalmente conquistada e domada, a humanidade entrou em profundo relaxamento, não tendo mais necessidade de gastar energia para modificar o meio em que vivia. Esse fato transformou a humanidade em seres iguais, onde homens e mulheres se pareciam com crianças, tanto física quanto psicologicamente, uma raça chamada de “Eloi“. Não haviam problemas. Mundo perfeito? O Viajante do Tempo logo descobriu que não: sua máquina do tempo havia sumido!
Ele logo descobriu que havia uma sociedade vivendo no subterrâneo, os “Morlocks“, com aparência mais assustadora: pele branca, olhos grandes e cabelos compridos. É digno de nota as hipóteses levantadas pelo Viajante do Tempo para que a humanidade tivesse chegado àquele ponto de sua história. São, além de interessantes, completamente plausíveis, mesmo para os dias atuais. Uma aventura fantástica, cheia de perigos e momentos de tirar o fôlego. Do apego à pequena Weena, até a descoberta que fósforos eram a arma mais letal e a mais necessária para a sua sobrevivência, o Viajante do Tempo conseguiu reaver sua máquina e finalmente voltar para casa.
“O vigor é produto da necessidade; a segurança é um convite ao enfraquecimento.”
A Máquina do Tempo – Conclusão
Contudo, o Viajante do Tempo errou a colocação das alavancas e foi ainda mais para o futuro, onde um sol grande e vermelho nunca se punha sobre uma terra morna e abafada. Onde o mar era uma massa de água parada, o ar rarefeito como em uma montanha e os animais mais simples eram gigantes. O Viajante foi ainda mais à frente no tempo e descreveu um futuro longínquo surpreendente. Pura ficção ou profecia? Será tudo isso apenas imaginação?
O autor do livro magistralmente critica a sua sociedade ao escrever sobre um futuro distópico. Mostrando o que pode dar certo, e a melhor forma de viver em sociedade, ele acaba por mostrar o que dá errado em seu próprio mundo. Genial.
Que aventura! Livro mais que recomendado. E você, se pudesse, iria para o futuro ou para o passado?
Indico a adaptação para o cinema The Time Machine, de 1960.
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A Máquina do Tempo
Até a próxima!
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