A Megera Domada
A Megera Domada

A Megera Domada

A megera domada

Título: A Megera Domada
Autor: William Shakespeare
Editora: Martin Claret
Páginas: 140

Resumo do livro A Megera Domada

A Megera Domada é uma das primeiras comédias shakespearianas, foi escrita por volta de 1594. O tema, recorrente em suas comédias e também em algumas tragédias, é o casamento. Shakespeare já vislumbrava que os relacionamentos humanos, principalmente os afetivos, estão repletos de momentos cômicos e também trágicos.

Shakespeare trabalha uma meta linguagem. No prólogo, acompanhamos a história de Sly, um homem embriagado que é encontrado por um lorde. Para fazer brincadeira com seus amigos, o lorde leva Sly ao castelo e faz ele se passar por um nobre. Dentro desse embuste, há a encenação de uma peça para satisfazer as vontades do falso nobre Sly. É então encenado a história principal dessa peça, A Megera Domada. Temos aí o teatro que fala sobre o teatro, a peça dentro da peça. Interessante que esse prólogo não retorna ao final. Mas há registros que as primeiras encenações continuam com o retorno ao bêbado Sly, que acorda em uma taverna e diz que teve o melhor de seus sonhos e que agora sabe como tratar a dama que o aguarda em casa.

“Hortênsio – Petruchio, queres que te fale sem rodeios? Queres que te apresente a uma esposa irritadiça e desagradável? Apenas terás que agradecer-me o oferecimento: e, entretanto, eu te prometerei que será rica, e muito rica. Mas, tu és tão meu amigo que não poderia desejar-te ver casado com ela.”

A Megera Domada – História

A trama se passa em Pádua, na Itália. Acompanhamos Batista, pai de duas mulheres que estabelece a seguinte condição: para casar Bianca, a filha mais jovem, bela e doce, primeiramente precisaria conseguir um pretendente para Catarina, filha mais velha, dura e amarga como fel. Uma verdadeira megera.

Entram em cena, então, os pretendentes de Bianca: Lucêncio, Grêmio e Hortênsio. Os três enamorados de Bianca armavam os mais arquitetados embustes para se aproximarem de Bianca sem que Batista os notasse. Se tornaram, assim, professores de música, de latim e de tantas outras artes que eram ensinadas à Bianca. Mas o que precisavam mesmo era de um pretendente para Catarina.

“Trânio – Se for assim, senhor, se sois o homem que virá em auxílio de todos, não só de mim como dos outros, e se romperdes o gelo e realizardes a proeza de triunfar da mais velha e libertar a mais moça, permitindo nosso acesso até ela, ficai seguro de que o homem que a possuir não será tão malnascido a ponto de mostra-te ingrato convosco.”

Aparece, então, Petruchio, um nobre falido de Verona que chegou à cidade em busca de um bom casamento, e apaixonou-se pela ideia de se casar com Catarina, proposta feita a ele por seu amigo Hortênsio. Petruchio e Catarina se casaram e deixaram o caminho aberto para que Lucêncio e Bianca se aproximassem ainda mais.

Após o casamento, Petruchio e Catarina retornaram à Verona e começou então o plano de Petruchio para domar a megera Catarina. E ele o fez de uma forma muito simples: antes que ela fosse arrogante e grossa com ele, ele fazia as maiores arrogâncias e grosserias que um marido poderia fazer a uma esposa. Não a deixava dormir, alegando que a roupa de cama não estava de acordo com seu gosto; não a deixava comer, dizendo que o gosto dos pratos estava horrível; e não a deixava se arrumar com finas roupas, alegando que o alfaiate era um estúpido que não conseguia ver a beleza de sua esposa.

“Petruchio – E quando chegar, eu lhe farei a corte com toda decisão. Digamos que me injurie; eu lhe direi então que canta tão suavemente quanto o rouxinol. E que franza a fronte; eu lhe direi que tem o olhar tão límpido quanto a rosa matutina, ainda úmida pelo orvalho. Digamos que se mostre muda e não queira falar uma só palavra; lisonjearei então sua volubilidade e dir-lhe-ei que tem uma eloquência persuasiva. Se disser que me retire, eu lhe agradecerei; como se tivesse mandado que permanecesse ao lado dela durante uma semana. Se negar-se a casar, pedir-lhe-ei para dizer-me quando deverei mandar publicar os banhos e quando deveremos casar-nos.”

A Megera Domada – Conclusão

Ao final, quando estavam todos reunidos comemorando o casamento de Bianca, a única esposa fiel e obediente ao marido era justamente Catarina, a megera domada.

Shakespeare traz o alívio cômico à peça justamente por mostrar essa quebra de expectativa: a forma de agir de Catarina, a de uma mulher insubmissa, e a maneira pela qual ela é conquistada por Petruchio; além do uso exacerbado do engano e das inversões retratadas nos disfarces usados pelos pretendentes para obter o acesso à jovem Bianca com o intuito de cortejá-la. Shakespeare nos mostra que o casamento é um assunto que traz em si a comédia e a tragédia na mesma medida.

Indico o livro 10 Things I Hate About You, de 1999, baseado na peça shakespeariana.

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A Megera Domada

Até a próxima!

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