Título:
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Resumo do livro
– História
Acompanhamos Anna Fox, uma psicóloga infantil que sofre de agorafobia, um transtorno onde a pessoa sente medo e evita lugares ou situações que possam causar pânico, geralmente locais abertos, amplos e com muitas pessoas. Anna vive trancada em sua casa há 10 meses. São 10 meses sem sair de casa. Ela recebe todos os insumos para sua sobrevivência através das entregas delivery. Inicialmente não entendemos muito bem a relação de Anna consigo mesma. Ela conversa bastante com seu ex-marido, Ed, e sua filha Olivia. Eles se separaram e vivem em casas separadas, pelo menos é o que sabemos até o momento.
Ela alugou o porão de sua casa para David, um jovem que mora sozinho e do qual não sabe muita coisa. Além disso, ela recebe visitas de Bina, sua fisioterapeuta, e do Dr. Fielding, seu psiquiatra, que tenta ajudá-la no tratamento contra o seu transtorno social. Além dessas pessoas, Anna não tem interação social com mais ninguém. Sua rotina é tomar remédio e beber vinho. De vez em quando conversa com pessoas aleatórias na plataforma de atendimentos psicológicos on-line. Ela também joga xadrez on-line. Contudo, quando não está tomando remédios ou bebendo vinho, Anna está espiando seus vizinhos através de suas janelas. Com tempo suficiente para analisar os tipos que moram perto dela, Anna traça o perfil de todos os seus vizinhos.
“Mais dois quartos, entre eles o de Olivia. Há noites em que subo para o quarto dela e fico lá, que nem um fantasma. Tem dias em que fico parada na porta, apenas observando a dança vagarosa das partículas de poeira contra a luz do sol.”
Então, novos vizinhos chegam. Compraram a casa em frente à casa de Anna, o que dá a ela uma vista privilegiada. O casal Russell, Alistair e Jane, e seu filho adolescente Ethan. Um casal normal, como muitos que ela já viu passar pelo seu consultório. Logo, Anna descobre que Alistair foi transferido de Boston para Nova York, e que pagara alguns milhares de dólares pela casa aconchegante do outro lado da rua. Anna recebe a visita de Ethan, com um presente de sua mãe para ela. Anna, inevitavelmente, analisa um pouco Ethan, e já percebe alguns traços estranhos, que ela ainda não consegue identificar. Anna está cada vez mais afundada em sua rotina de remédios e vinho.
Anna recebe, então, a visita de Jane Russell. Uma mulher ativa, decidida e com uma personalidade que deixa Anna deslumbrada. Parece que Jane tem todas as decisões que Anna não consegue tomar há 10 meses. Esse encontro deixa Anna com mais vontade de espionar o casal Russell. Mas todo o encanto é quebrado quando ela ouve um grito vindo da casa em frente. Sem entender o que está acontecendo, Anna vê Jane com uma faca cravada em seu abdômen.
“Medos agorafóbicos incluem o medo de sair sozinho de casa; o medo de ficar cercado por multidões ou de entrar em filas; o medo de atravessar pontes”.
A primeira reação é sair e ajudar sua vizinha, mas logo Anna se lembra de seu transtorno. O pavor toma conta dela. Bêbada, com vários tipos de remédios em seu organismo, testemunhou um crime e não sabe o que fazer. Ela liga para a polícia. Mas Jane não pode esperar, Anna pega seu guarda chuva e abre a porta. É interessante o fato de que o guarda chuva é parte do tratamento de Anna. Ele serve como um escudo para que ela tente sair de casa. Munida de seu escudo, Anna corre pela rua para tentar ajudar Jane. Mas uma mistura de sentimentos e de desespero se apodera dela. Tudo fica escuro e Anna apaga.
Quando acorda, Anna está na companhia de um detetive. Ao tentar explicar o ocorrido, o detetive resolve tirar a história a limpo. Chama a família Russell. Para surpresa de Anna, é outra Jane que aparece. Alistair e Ethan confirmam que aquela é a verdadeira Jane. Anna já não sabe em que realidade está vivendo. Se a mesma que os outros seres humanos ou a realidade de seus psicotrópicos regados a álcool. O mundo gira, Anna não sabe mais o que fazer. Mas no fundo ela sabe que um crime ocorreu.
“Apoiando as mãos na parede, baixo a cabeça sob a água e deixo o rosto sumir na caverna escura dos cabelos. Algo está acontecendo comigo, através de mim, algo perigoso e novo. Uma planta venenosa que já criou raízes e agora está crescendo, se expandindo, enroscando-se na minha cintura, apertando meus pulmões e meu coração.”
Então, a verdadeira história de Anna é revelada. Em uma conversa com uma de suas pacientes, Anna descreve a traição que ela praticou contra seu marido. A viagem de reconciliação para uma estação de inverno, as brigas, o retorno na estrada escorregadia, o acidente. Anna ainda ouvia as vozes de Ed e Olivia, mas eles já haviam morrido. para além de todas as dores que uma separação pudesse trazer, Anna sofria pela perda definitiva de sua família. O estado mental em que se encontrava nada mais era do que a resposta de seu corpo à toda dor e sofrimento que ela causou a si própria. Mas ela tinha um assassinato a desvendar.
Anna tentou juntar as peças desse intrincado quebra-cabeça, e estava quase desistindo, acreditando que tudo aquilo não tinha nada mais do que fruto de sua imaginação doente e viciada. Mas uma foto em seu celular tornou tudo mais claro. Olhando com atenção o reflexo da janela em uma das fotos, viu com nitidez o rosto da Jane que a visitou. Agora ela tinha certeza: aquela mulher existia, tinha visitado sua casa, e o pior, foi assassinada.
– Conclusão
O final da história é de suspender o fôlego do leitor. Ficamos angustiados com as decisões que Anna toma. Todas as conversas que ela tem com o verdadeiro assassino, que ela, assim como o leitor, jamais poderia acreditar que seria. Um livro de suspense psicológico sensacional que guarda uma excelente reviravolta no final.
Indico o filme The Woman in the Window, de 2021. Uma excelente adaptação.
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Até a próxima!