Título: A Redoma de Vidro
Autora: Sylvia Plath
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 274
Resumo do livro A Redoma de Vidro
Sylvia Plath foi uma poeta, romancista e contista norte-americana. Reconhecida principalmente pela sua obra poética, Plath é creditada por dar continuidade ao gênero de poesia confessional. Ela escreveu apenas um romance: A Redoma de Vidro, que apresenta fatos reais que a autora viveu em sua luta contra a depressão.
A Redoma de Vidro – História
Acompanhamos a história de Esther Greenwood, uma talentosa e promissora escritora, que saiu do subúrbio de Boston para estagiar em uma prestigiada revista de moda em Nova York por um mês. Com a possibilidade de uma nova vida em uma cidade do tamanho de Nova York, com novas responsabilidades e novos desafios, Esther entrou em colapso. Ela logo descobriu que as relações entre as pessoas era muito diferente do tipo de relação que ela estava acostumada. Tudo era muito superficial e as pessoas todas muito fúteis.
Esther descobriu que Nova York e seus moradores viviam sob uma farsa. A farsa da vida bem sucedida, a farsa dos relacionamentos que dão certo, a farsa de uma realidade idílica e utópica. Suas amigas de faculdade se adaptaram melhor à nova rotina. Saíam para beber e se divertir, como se o amanhã só devesse ser considerado quando o sol de um novo dia raiava. Esther passou a se sentir incomodada em relação às expectativas que ela mesmo atribuiu ao seu potencial, e à oportunidade que ela estava vivendo. A necessidade de ter que fazer escolhas serviram de estopim para suas crises depressivas.
“Engatinhei de volta à cama e cobri minha cabeça com os lençõis. Como isso não afastou a luz, enterrei o rosto sob à escuridão do travesseiro, fingindo que ainda era noite. Eu não via motivo para me levantar. Eu não ansiava por nada.”
Quando retornou para sua casa, Esther trouxe consigo o vazio da existência. Em um momento de sua vida em que, aliado a tudo o que tinha passado, ela descobria sua sexualidade, Esther retornou para sua casa sem saber ao certo quem de fato era ela. Ainda havia muito tempo de férias pela frente, mas Esther começou a se cobrar sobre o futuro. Em sua cabeça, tudo o que ela sabia até aquele momento não serviria para nada. Esther sentiu que sua vida era vazia e que ela era inútil. Em um crescente de pensamentos negativos, Esther começou a ter problemas para dormir.
O primeiro psiquiatra, apenas receitou novas drogas para dormir. Como Esther obviamente não melhorou, o psiquiatra recomendou que ela passasse por um tratamento de choque em sua clínica. Já nessa época, sem dormir direito, sem comer direito e quase não escrevendo, os primeiros pensamentos suicídas começaram a invadir Esther. Depois da sessão de eletrochoque, Esther teve a certeza de que algo muito grave acontecia dentro dela, pois não era possível que ela precisasse daquela dor lancinante se ela não houvesse feito algo muito terrível para merecer aquele sofrimento.
“Você tem algum interesse pelo seu trabalho, Esther? Sabe, Esther, você tem o perfil ideal de uma neurótica. Você nunca vai chegar a lugar algum desse jeito, você nunca vai chegar a lugar algum desse jeito, você nunca vai chegar a lugar algum desse jeito.”
A primeira tentativa de suicídio foi na banheira de sua casa. Ela havia lido que quando perguntaram à um velho imperador romano como ele gostaria de morrer, e ele disse que cortaria as veias em um banho quente. Esther achou essa ideia boa. Recolheu-se em seu banheiro e com uma gilete cortou os dois pulsos. Como pensou muito durante o processo, percebeu que sua mãe logo chegaria em casa. Colocou esparadrapo nos cortes e foi passear pela cidade.
Sua mãe, percebendo o desânimo que tomava conta de Esther, combinou com alguns amigos que levassem sua filha para uma tarde à beira do lago. Pensando em tudo o que estava ocorrendo dentro dela, Esther tentou se afogar, mas a água sempre a trazia de volta à superfície. Dias depois, Esther tentou se enforcar. Andou por vários minutos pela casa com uma corda amarrada no pescoço à procura de um local adequado para pendurar a outra ponta daquela corda. Chateou-se com sua mãe, que havia comprado uma casa com teto baixo e liso, impossível para pendurar uma corda amarrada no pescoço.
“Eu teria que enganar meu corppo com o resto de consciência que ainda tinha, ou ficaria presa naquela cela estúpida por mais de conquenta anos, sem consciência alguma.”
No que imaginou ser sua derradeira chance de fugir da existência, Esther tomou todas as fortes pílulas para dormir que estavam trancadas no quarto de sua mãe. Ela se escondeu dentro de casa para morrer em paz. Depois que viu as luzes vermelhas e azuis piscando diante de seus olhos, percebeu que o silêncio a arremessara para o sono. Dessa vez, a mãe de Esther não encontrou outra alternativa a não ser internar a filha em um hospital psiquiátrico.
Esther então passou por vários tipos de tratamentos, com pílulas e mais eletrochoque. Foi visitada por sua mãe e seu irmão, por amigos da faculdade e por pessoas mais próximas. Perto do tempo para retornar para as aulas da faculdade, Esther foi diagnosticada como apta para o retorno e o convívio social. Ela bem sabia que nada havia de diferente em sua mente desde o dia em que deu entrada no hospital. O mundo continuava o mesmo, fútil e vazio de significados. As pessoas continuavam as mesmas, egocêntricas e no íntimo solitárias. E ela era a mesma, com os mesmos pensamentos e presa em uma redoma de vidro onde o ar cada vez mais a sufocava.
A Redoma de Vidro – Conclusão
O livro possui uma força incrível. A história de luta contra a depressão de Esther ganha contornos mais vivos quando sabemos que a autora também lutou contra uma grave depressão. Sylvia Plath, enquanto estudava, trabalhou para uma revista de moda em Nova York. A experiência não foi nada do que Sylvia esperava,e teve início uma reviravolta em sua visão sobre si própria e sobre a vida. Sua primeira tentativa de suicídio foi tomando uma overdose de narcóticos. Depois desse incidente, ela foi internada em um hospital psiquiátrico onde sofreu com tratamento de eletrochoque. Depois de sair do hospital, Sylvia se formou e recebeu uma bolsa para estudar na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde continuou a escrever poesia ativamente. Infelizmente, a autora sucumbiu à depressão e se suicidou em 1963 aos trinta anos de idade
O romance também discute o papel da mulher na sociedade. Seus anseios e prioridades, relegados à um papel secundário de esposas, mães e donas de casa. Em um mundo dominado pelo homens, a personagem ganha força por se tornar um ponto de inflexão de seus direitos como mulher. Esther simplesmente não aceita o papel relegado às mulheres e decide se tornar senhora de seu destino. Ela toma as rédeas de sua vida, na forma de se vestir, na forma de pensar e na forma de enxergar a realidade que a cerca.
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Até a próxima!