Título: Alice no País das Maravilhas
Autor: Lewis Carroll
Editora: Martin Claret
Páginas: 110
Resumo do livro Alice no País das Maravilhas
Como um livro pode ter tantos significados? O que parece ser apenas uma aventura para crianças, torna-se um denso livro filosófico sobre a vida e sobre as transformações que a vida impõe ao ser humano. E através do tempo, esse livro foi ganhando contornos cada vez mais densos e o seu significado cada vez mais complexo.
“Tudo está tão esquisito hoje! E ainda ontem as coisas estavam tão normais … Será que durante a noite eu virei outra pessoa? Deixe-me pensar: hoje de manhã, quando acordei, eu era a mesma pessoa? Tenho uma vaga lembrança de ter me sentido um pouquinho diferente. Mas se eu não for eu mesma, a próxima pergunta é: Quem eu sou? Essa é que é a questão!”
Alice no País das Maravilhas – História
O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, revelando uma lógica do absurdo, característica dos sonhos. Ela encolhe e estica, conversa com seres estranhos e criaturas impensáveis. E se questiona o tempo todo.
E são muitas as metáforas que o livro apresenta aos leitores. A história de Alice muitas vezes é vista como uma jornada de autodescoberta. Seu mergulho na toca do coelho representa a entrada no subconsciente, e suas experiências subsequentes simbolizam desafios e descobertas que ela precisa enfrentar para entender melhor a si mesma. A constante mudança de tamanho de Alice – encolhendo e crescendo – pode ser interpretada como um símbolo das mudanças físicas e emocionais que ocorrem durante o crescimento e o amadurecimento do ser humano
As figuras de autoridade no País das Maravilhas, como a Rainha de Copas, muitas vezes representam figuras autoritárias e arbitrárias, como os pais, os professores, e até mesmo o Estado. Alice encontra uma série de personagens peculiares que representam diferentes aspectos da sociedade. Cada personagem contribui para a sátira social, e suas interações com Alice ilustram a natureza muitas vezes irracional das relações sociais.
“- Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora?
– Isso depende muito de onde quer ir – respondeu o gato.
– Para mim, acho que tanto faz… – disse a menina.
– Nesse caso, qualquer caminho serve – afirmou o gato.”
A maneira como o tempo e o espaço funcionam no País das Maravilhas desafia as convenções normais. Essa distorção pode ser vista como uma metáfora para a relatividade da percepção humana do tempo e espaço. Lewis Carroll brinca com a linguagem de maneira criativa, usando trocadilhos e jogos de palavras. Isso pode ser interpretado como uma reflexão sobre a natureza da linguagem e da comunicação. A natureza complexa e multifacetada da obra permite várias interpretações, e os leitores muitas vezes encontram novos significados a cada leitura.
Alice no País das Maravilhas – Conclusão
Mas apesar do livro ser muito bem falado e conter muitas interpretações, não me cativou. Para mim uma história fantástica, cheia de imaginações e possibilidades de pensamento e reflexão, mas apenas um conto de fadas. Que serve para o seu propósito inicial: pensado e contado como se fosse uma história feita para entreter crianças durante um passeio no rio. Não à toa minha filha simplesmente adorou a história, pois o livro a levou para um lugar que ela nunca tinha imaginado e a fez participar de eventos dos quais ela nunca sonhou em participar. Mas, como bem fala a Duquesa:
“Ora, criança, tudo tem uma moral, é só a gente descobrir.”
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Até a próxima!