Resumo: As Fontes do Paraíso | Arthur Clarke

Título: As Fontes do Paraíso
Autor: Arthur Clarke
Editora: Aleph
Páginas: 352

Resumo do livro As Fontes do Paraíso

Arthur Clarke é autor de grandes obras de ficção científica, entre elas, As Fontes do Paraíso. A história pode ser dividida em três períodos de tempo bem definidos. O primeiro se passa na antiguidade, no lugar chamado Taprobana. Importante trazer aqui uma curiosidade. Taprobana é como era conhecida, antigamente, a ilha do Sri Lanka, ao sul da Índia. Local de muita religiosidade e com uma cultura milenar, o Sri Lanka foi, por muito tempo, lar do próprio Arthur Clarke. Por isso, o autor consegue nos trazer muitos detalhes do cenário onde o livro se passa.

As Fontes do Paraíso – História

No início, a história contada é do Rei Kalidasa, que após matar o pai, toma o trono de seu irmão mais velho, Malgara. Outro feito de Kalidasa foi transferir a capital do reino para Yagakalla, construindo essa nova cidade no meio da floresta e próximo a uma montanha sagrada. Para se postar como um Deus perante seus súditos, Kalidasa construiu monumentos faraônicos e ambientes grandiosos. Mas a história não é sobre Kalidasa, mas o seu legado para Taprobana dois mil anos depois de seu reinado.

“Talvez, de qualquer modo, ele tivesse se tornado engenheiro; mas o acidente de seu nascimento havia determinado que ele seria um construtor de pontes. E assim, ele foi o primeiro homem a caminhar do Marrocos à Espanha, com as águas encapeladas do Mediterrâneo três quilômetros abaixo dele… sem sonhar, naquele momento de triunfo, com o desafio muito mais estupendo que estava por vir.”

Já no futuro, no século XXII, acompanhamos o engenheiro Morgan. Mundialmente conhecido por ter pensado e planejado a ponte que foi construída para ligar o Marrocos à Espanha, ligando os continentes africano e europeu. Em um mundo onde a Lua já havia sido colonizada e os primeiros assentamentos estavam sendo construídos em Marte, Morgan decidiu utilizar a excelente localização de Taprobana, particularmente a montanha sagrada de Kalidasa, para construir um elevador da Terra às estrelas.

O projeto foi todo pensado para economizar o dinheiro dos turistas e ao mesmo tempo recolher fundos para a empresa responsável, utilizando o que de mais moderno havia no século XXII (e somente terreno dos sonhos nos dias atuais). Como o perfeito controle de desastres naturais, roupas e ferramentas desenvolvidas especialmente para o ambiente espacial e as maravilhosas fitas, que seriam os trilhos mágicos que levariam turistas e cientistas a até 100km de altura.

“Se as leis da mecânica celeste possibilitam a um objeto permanecer fixo no céu, não seria possível baixar um cabo até a superfície… de modo a criar um sistema de elevadores ligando a Terra ao espaço?”

As Fontes do Paraíso – Conclusão

Apesar do livro contar muito bem sobre as tecnologias e as possibilidades que esta proporciona, o livro possui trechos de aventura. Uma pequena expedição, composta de um cientista e seus alunos, é colocada no “trem das estrelas” para uma viagem de rotina e estudos. Contudo, quando uma das fitas-trilho se parte é imperioso que um resgate seja providenciado para que a tripulação não morra asfixiada por gás carbônico ou pelo frio glacial das regiões superiores. Morgan foi voluntário para esse resgate, que é um dos pontos altos da história.

A crítica do livro fica por conta do final, que se passa no futuro desse futuro, e mostra um viajante espacial descendo pelos trilhos e encontrando uma Terra bem diferente da que conhecemos e que certamente nos faz pensar sobre o que estamos fazendo com a nossa morada.

“Para tudo há um tempo – respondera o cérebro global. – Há um tempo para lutar contra a natureza, e um tempo para lhe obedecer. A verdadeira sabedoria consiste em fazer a escolha correta. Quando o longo inverno houver chegado ao fim, o homem voltará a uma Terra renovada e retemperada.”

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