Bhagavad Gita
Bhagavad Gita

Bhagavad Gita

gita

TítuloBhagavad Gita
Autor: Krishna Dvapayana Vyasa
Editora: Martin Claret
Páginas: 224

Resumo do livro Bhagavad Gita

O Bhagavad Gita é uma escritura hindu, datada entre o segundo e o primeiro século antes de Cristo, que faz parte do épico Mahabharata (um texto épico que é um dos dois principais textos reverenciados do hinduísmo). Nos tempos antigos houve um rei com dois filhos: Dhritarashtra e Pandu; Pandu teve cinco filhos, chamados Pandavas. Dhritarashtra teve cem filhos, chamados Kauravas, com o primogênito chamado Duryodhana. Quando Pandu morreu, os Pandavas assumiram o poder. Porém, Duryodhana era muito ciumento e também queria o reino. Toda a mediação feita foi em vão e a grande batalha descrita no Mahabharata foi inevitável. No meio do campo de batalha, Arjuna, um dos cinco Pandavas, se viu em um dilema. Ou lutava pelos seus direitos ou fugia em nome da paz. Para entender e solucionar esse dilema, o Senhor Krishna conversou com Arjuna. Dessa conversa surgiram os 700 versos do Bhagavad Gita.

Bhagavad Gita – História

O Bhagavad Gita é aberto definindo o cenário do campo de batalha. Dois exércitos enormes representando diferentes lealdades e ideologias enfrentam uma guerra catastrófica. Com Arjuna está Krishna. A guerra parece má para Arjuna e ele questiona a moralidade da guerra. Ele se pergunta se é nobre renunciar e partir antes que a violência comece, ou se ele deveria lutar, e por quê. 

Cheio de introspecção e perguntas sobre o significado e o propósito da vida, ele pergunta a Krishna sobre a natureza da vida, o Eu, a morte, a vida após a morte e se há um significado e uma realidade mais profundos. Krishna ensina Arjuna sobre a natureza eterna da alma (atman) e a natureza temporária do corpo, aconselhando-o a cumprir seu dever de guerreiro com desapego e sem tristeza.

“As pessoas se encontram e se despedem deste mundo como duas peças de madeira flutuando rio abaixo, reunindo-se e se separando uma das outras. O sábio que conhece que o corpo é mortal e que o espírito é imortal não tem nada do que se lamentar.”

Arjuna se pergunta se lutar na guerra não é tão importante, afinal, dada a visão geral de Krishna sobre a busca pela sabedoria espiritual. Krishna responde que não há como evitar a ação, pois a abstenção do trabalho também é uma ação. E aqui ele explica o que é ação, chamado Karma. Karma refere-se às ações ou atividades realizadas por um indivíduo, incluindo seus pensamentos, palavras e ações físicas. O termo se refere mais especificamente a um princípio de causa e efeito, muitas vezes descritivamente chamado de princípio do Karma, em que a intenção e as ações dos indivíduos (causa) influenciam seu futuro (efeito).

O absoluto controle por sobre a mente e os sentidos é o pré-requisito para qualquer prática espiritual de auto realização. Aquele que não se torna mestre dos sentidos não pode progredir através da meta da auto realização. Portanto, após estabelecer o controle sobre as atividades da mente, através da meditação do Yoga, se deve segurá-la longe dos prazeres sexuais e fixá-la em Krishna. Quando a mente desliga-se dos prazeres dos sentidos, e se liga em Krishna, os impulsos dos sentidos tornam-se ineficazes, porque os sentidos recebem seu poder da mente. Aquele que se torna mestre da mente se torna mestre de todos os sentidos.

“Dois tipos de pessoas são felizes neste mundo: aqueles que são completamentes ignorantes e aqueles que são verdadeiramente sábio. Todos os outros são infelizes.”

Krishna diz a Arjuna que o destino de alguém é determinado pelo pensamento predominante na hora da sua morte. Mesmo que alguém tenha praticado devoção e consciência no Ser Supremo durante a sua vida, o pensamento em Krishna poderá ser ou não prevalecente na hora da sua morte. Os sábios continuam os seus esforços, nas suas sucessivas vidas, e mesmo assim, no momento da morte, eles poderão falhar na lembrança do Supremo. Manter a associação com devotos perfeitos, e evitando a companhia de pessoas com a mente mundana, é o critério para o sucesso na vida espiritual.

Sobre as dúvidas que Arjuna levanta sobre a eternidade da vida espiritual, Krishna afirma que o reino do paraíso está dentro de todos nós. Todas as esferas do macrocosmo estão representadas no nosso corpo, na forma de microcosmos, como os sete chakras, ou centros de energia astral. Nossa presente vida fornece a oportunidade para a preparação da próxima vida. De acordo com as atividades nesta vida, pode-se chegar a uma salvação ou uma transmigração, ou outra chance para a salvação pela reencarnação como um ser humano.

“Você tem controle sobre os feitos apenas da sua responsabilidade, mas não controle ou reclamação sobre os resultados. Os frutos do trabalho não devem ser seu motivo, e você nunca deverá ser inativo.”

Em determinado momento, o texto afirma que combinar ação com renúncia interior com o amor de Krishna como um Deus pessoal leva à paz. Krishna afirma que ama aqueles que têm compaixão por todos os seres vivos, estão contentes com tudo o que surge em seu caminho e vivem uma vida desapegada, imparcial e altruísta, não afetada por prazeres ou dores fugazes, nem ansiando por elogios, nem deprimidos por críticas.

Quando perguntado por Arjuna como ele reconhece aquele que conquistou o verdadeiro equilibrio, Krishna responde que é aquele que permanece calmo e composto quando um desequilíbrio surge, que sempre mantém a equanimidade, que é firme na alegria e na tristeza, que permanece o mesmo quando é insultado ou admirado, que renuncia a toda ação do ego, se desapega do poder. A libertação também pode ser alcançada pela devoção inabalável a Krishna, que permite que alguém transcenda e se torne um com Brahman. Todos os fenômenos e personalidades individuais são, portanto, uma combinação de equilíbrios em proporções variadas e sempre mutáveis. 

Bhagavad Gita – Conclusão

Longe de resumir um livro tão complexo e importante para o conhecimento humano, é importante que todos leiam pelo menos uma vez o Bhagavad Gita. Cada um terá uma experiência diferente, cada um sentirá o livro de uma forma única. O livro é uma doutrina sobre a verdade universal. Sua mensagem é universal, sublime e não doutrinária, que faz parte da trindade escritural do Hinduísmo. O Gita trata da sagrada ciência metafísica. Ele transmite o conhecimento do Ser e responde a duas questões universais: Quem sou eu, e como eu posso conduzir uma vida pacífica e feliz neste mundo de dualidades. É um livro de crescimento moral e espiritual para a humanidade baseado nos princípios cardeais da religião Hindu. Um manual de vida pacífica e harmoniosa.

Acompanhe o blog também no Instagram, Facebook, Youtube e Spotify

Se você chegou até aqui e gostou da resenha, adquira a obra através do link abaixo e apoie o Resumo de Livro.

Compre na Amazon

Para mais resenhas como essa, acesse: Resumo de Livro

Até a próxima!