César

Cesar

Título: César
Autor: Allan Massie
Editora: Ediouro
Páginas: 302

Resumo do livro César

Júlio César foi um dos mais famosos políticos e generais romanos. Como membro do primeiro triunvirato, César liderou os exércitos romanos nas Guerras Gálicas, quando Roma invadiu e dominou a região que atualmente faz parte da Suíça, França, Bélgica e Alemanha. César ficou famoso pela sua coragem no campo de batalha e pelo domínio psicológico com o qual tratava seus adversários políticos. Após uma guerra civil, em 49 a.C., quando derrotou Pompeu, César se tornou um ditador, impondo pela força sua vontade política. Em 44 a.C., aliados e adversários políticos engendraram uma conspiração para assassinar César, entre os conspiradores estava Décimo Júnio Bruto Albino, um de seus mais leais generais. Esse livro conta uma história ficcional, como se fossem as memórias de Décimo Bruto.

César – História

Décimo Júnio Bruto Albino foi um general e político romano do final do período Republicano de Roma. Pelas suas participações fundamentais nas Guerras Gálicas e na Guerra Civil Romana, Décimo Bruto ganhou a simpatia de César, se tornando um de seus mais íntimos confidentes. O livro inicia em 45 a.C., quando termina a Guerra Civil entre César e Pompeu, com o primeiro sagrando-se vencedor e se tornando um ditador. 

Conhecemos então os sentimentos de devoção e amizade que permeiam a relação de Décimo Bruto e César. Para Décimo Bruto, César não era apenas o comandante dos exércitos vitoriosos na Gália, ou o hábil líder que derrotara Pompeu e trouxera a paz novamente para Roma. César era um semi-deus, que conhecia a natureza humana e sabia como fazer as pessoas mudarem de opinião para concordarem com ele. César sabia como ninguém o poder da dissuasão, através da oratória e da influência que exercia.

“O charme de César, o famoso charme de César… Ele tinha o hábito de passar o braço em torno de pessoas, pegar o lóbulo da orelha de seu interlocutor entre o polegar e o indicador e ficar brincando com o lóbulo enquanto confiava, ou parecia confiar, seus segredos.”

No decorrer da história, Décimo Bruto conta o relacionamento de César com Cleópatra. Tendo fugido para o Egito após perder para César a batalha de Farsalos, Pompeu foi encurralado e morto a mando do rei Ptolemeu XIII, que dividia o trono com sua irmã, Cleópatra VII. Por conta de intervenções externas, Ptolemeu XIII foi morto a mando de César, que restituiu o trono à Cleópatra. Nem mesmo César foi páreo para a beleza da rainha do Egito. Do relacionamento entre César e Cleópatra nasceu Ptolemeu XV Cesarião, o último faraó da dinastia ptolemaica do Egito Antigo, embora César nunca tenha reconhecido-o como seu filho.

César, senhor de terras que se extendiam de Portugal ao Oriente Médio e boa parte do norte da África, retornou para Roma para prolongar sua ditadura. Cada vez mais poderoso, César não tinha oposição, e não encontrava críticas às suas ideias de expansão. Porém, começava no seio dos políticos e pensadores mais proeminentes, entre eles o conhecido Cícero, que os valores da República Romana deveriam ser restaurados. Para isso o Império deveria ruir. Mas havia César no meio do caminho.

“César, que um dia dissera, beliscando minha orelha, ‘nunca se esqueça de que existem duas regras na política. A primeira é que a política é a arte do possível; a segunda é que o possível pode ser ampliado conforme o cair dos dados’.”

Então, uma conspiração teve início no círculo mais íntimo de cidadãos romanos. Décimo Bruto, como um dos generais mais próximos de César, logo compreendeu que estava tomando parte em uma traição. Mas ele também entendeu que estava fazendo isso por Roma, que sempre seria maior do que qualquer imperador. O estopim para que a conspiração saísse da teoria para a prática foi a ideia de César em invadir a Pártia. Pártia é a região que atualmente corresponde ao nordeste do Irã. César queria se igualar à Alexandre, O Grande, que chegou às portas da Índia, em busca de mais poder.

César não soube distinguir entre autoridade e poder. Como parte de sua natureza, ele queria tudo. Queria manter a autoridade e aumentar seu poder, ideias completamente contrárias aos ideiais republicanos romanos. Em uma reunião agendada para o Senado, César foi apunhalado por todos os conspiradores insatisfeitos com sua política, inclusive por Décimo Bruto. Após o assassinato, os conspiradores receberam uma anistia momentânea. Durante esse tempo, Décimo Bruto saiu de Roma e assumiu a região da Gália Cisalpina, no norte da Itália. Porém, os rumos políticos foram alterados e por ordem do Segundo Triunvirato, que contava com o general Marco Antônio, os assassinos de César deveriam ser punidos. No livro, a Décimo Bruto foi dada a opção de suicídio. Opção que o general romano acatou. 

César – Conclusão

A história do livro é sobre um dos mais sensacionais acontecimentos da história. O livro mostra os pilares que dominavam a sociedade romana da época: luxúria, devassidão, política, guerra, expansão, traição e poder. O final de Décimo Bruto foi diferente na vida real. Enquanto que no livro ele se suicída por opção, na vida real o general romano foi assassinado por um chefe gaulês leal a Marco Antônio, enquanto se dirigia à Macedônia para se juntar a Cássio e Marco Bruto, ambos conspiradores e assassinos de César.

Outro equívoco do livro é colocar na boca de César uma frase que ainda ecoa nos dias atuais, mas que carece de veracidade. Diz a lenda que César, enquanto estava sendo apunhalado, olhou para “Brutus” e disse: “Até tu, Brutus?”. Ocorre que essa frase é atribuída ao personagem Júlio César da peça homônima, de William Shakespeare. Além disso, na peça shakespeariana, César profere essa frase quando vê Marco Júnio Bruto, conhecido por Brutus, e não ao personagem Décimo Bruto, narrador do livro. 

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