Título:
Páginas: 132
Resumo do livro Dante e Beatriz
O sentimento nostálgico de ser levado de volta aos tempos da escola. Esse é o sentimento que o livro Dante e Beatriz evoca. Repleto de referências da vida do próprio autor e também da cultura pop, o livro acompanha Brapel, um dos membros do Quarteto Venenoso, um grupo formado por pré-adolescentes que estavam cursando o último ano do Ensino Fundamental na Escola Graça Matos. Brapel era o que conhecemos como “bagunceiro”.
Além de Brapel, o Quarteto Venenoso era formado por Canastra, Bessias e Gabriel Menino. Recentemente o grupo havia aumentado com a chegada de Rô, a única menina do grupo. O Quarteto aprontava todas na escola. Além de piadas de duplo sentido, o grupo planejava e executava planos que tinham como objetivo aprontar com a cara dos professores e diretores.
“Não que Brapel tivesse caído de joelhos à primeira vista. Ele sabia da existência de Jorgiana desde muito, mas a fagulha, aquela fagulhinha rosa que agita as borboletas no estômago custou a aparecer, preferiu dormir e se guardar para brilhar no momento certo.”
E foi por conta de uma “zoada” na sala de aula que Brapel recebeu como castigo passar uma tempo na biblioteca. Para quem não gosta de estudar, assim como Brapel, biblioteca é sinônimo de solitária. Cansado de não fazer nada, Brapel resolveu folhear o livro esquecido na mesa: “Vida Nova“, de Dante Aligheri. E aqui cabe um pequeno resumo desse livro. “Vida Nova” é a obra da juventude de Dante Alighieri, na qual ele narra a história de seu amor por Beatriz. O livro reúne prosa e poesia.
Brapel foi completamente arrebatado por Dante. Um segredo que Brapel escondia de todos, e que veio à tona com a leitura de Dante, é a sua paixão por Jorgiana, uma das colegas de classe. Logo Brapel passou a se sentir duplicado. De um lado, ele vivia com a galera do Quarteto, aguardando o conselho de classe no final do ano para ver se um milagre acontecia. De outro, o Brapel apaixonado cada vez mais queria sair. Todos os dias depois da escola Brapel escrevia folhas e folhas de poesia. Sempre pensando em Jorgiana.
“Ela queria ao máximo dar o direcionamento certo sem magoá-lo, mas como apagar um passado de diabruras e abraçar a sensibilidade? Até onde a ciência conhece, uma flor não pode nascer de uma pedra.”
Sem muito jeito para lidar com esses novos sentimentos, Brapel contou com a ajuda de Rô. A única menina do grupo deveria saber como conversar com uma menina, foi o que Brapel pensou. E de fato ajudou. Em paralelo, Brapel foi desenvolvendo a sua escrita e pôde colocá-la em prática no trabalho final da disciplina da pior professora do Graça Matos. Temendo pelo pior, Brapel dava como certo a sua reprovação, não fosse Dante, Beatriz, e o amor de Brapel por Jorgiana.
“Construir uma nova versão de si demandaria um esforço inimaginável. Além do trabalho de desmontar seu antigo eu, precisaria lutar contra aqueles que amavam a primeira versão – surpreendentemente, não eram poucos.”
Dante e Beatriz – Conclusão
Com a leitura do livro e um pouco de auto-análise, chego a conclusão de que eu talvez tenha sido um membro de algum Quarteto Venenoso na minha juventude. O autor, ao trazer o espaço escolar para as páginas do livro e as relações existentes nesse ambiente, consegue transportar o leitor para a sua juventude. Refazendo situações, repassando sentimentos e revendo amigos que há muito ficaram para trás, nas memórias escolares que guardamos com tanto carinho.
Se o leitor não foi Brapel na juventude, certamente conheceu algum durante sua trajetória escolar. Quem nunca sentiu as pernas tremerem quando a sua paquera chegava na sala ou trocava olhares? Quem nunca ensaiou o discurso perfeito e na hora H falhou miseravelmente? O livro é sensacional justamente por fazer de Brapel um pedaço de cada leitor.
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Até a próxima!