Fahrenheit 451
Fahrenheit 451

Fahrenheit 451

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Título: Fahrenheit 451
Autor: Ray Bradbury
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 213

Resumo do livro Fahrenheit 451

Imagina um livro onde os bombeiros servem para queimar? Eles não combatem o fogo, mas com fogo. O alvo principal: livros. Ray Bradbury nos convida a refletir sobre o poder do conhecimento em uma sociedade doente e decadente. O livro apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido.

As pessoas vivem enclausuradas dentro de uma bolha criada para evitar o pensamento crítico. Vivem como se tudo estivesse bem e sem maiores problemas. Ler é proibido e possuir livros é um crime grave punido com prisão e morte. Todos os livros apreendidos são queimados, assim como as casas que os abrigam. Para executar a missão de queimar, o corpo de bombeiros é o órgão responsável por investigar as denúncias e queimar livros, casas e até pessoas.

“Mas todos dizem a mesma ciosa e ninguém diz nada diferente de ninguém. E, nos bares, ligam as jukebox e são sempre as mesmas piadas, ou o telão musical está aceso e os desenhos coloridos ficam subindo e descendo, mas é só cor e tudo abstrato. Você já foi alguma vez a um museu? Tudo abstrato. É só o que há agora. Meu tio diz que antigamente era diferente. Muito tempo atrás, os quadros às vezes diziam alguma coisa ou até mostravam pessoas.”

Fahrenheit 451 – História

Acompanhamos Guy Montag, que, seguindo a profissão de seu pai e de seu avô, tinha certeza de seu trabalho: queimar livros e a casa que os abrigavam, bem como perseguir as pessoas que os detinham. Ele tinha a certeza de era coisa mais certa a fazer. Porém, ao encontrar com sua vizinha, a jovem Clarisse, Montag sentiu que havia algo de errado. Um simples olhar para a Lua ou perceber o contato da chuva com sua pele foram suficientes para Montag refletir que havia algo de errado acontecendo. Que a realidade era muito mais do que ele via.

Logo, Montag percebeu que sua vida tinha seguido o rumo do lugar-comum. Morava com sua esposa, de quem ele não sentia nada além de compaixão, possuia um emprego no corpo de bombeiros do qual ele já não sentia orgulho. E cada vez mais percebia que havia algo estranho no sorriso das pessoas, existia algo faltando. É então que ele resolveu transgredir: roubou um livro da cena de um incêndio e o levou para casa.

“Não se pode construir uma casa sem pregos e madeira. Se você não quiser que se construa uma casa, esconda os pregos e a madeira. Se não quiser um homem politicamente infeliz, não lhe dê os dois lados lados de uma questão para resolver; dê-lhe apenas um. Melhor ainda; não lhe dê nenhum. Deixe que ele se esqueça de que há uma coisa como a guerra. Se o governo é ineficiente, despótico e ávido por impostos, melhor que ele seja tudo isso do que as pessoas se preocuparem com isso. Paz, Montag. Promova concursos em que vençam as pessoas que se lembrarem da letra das canções mais populares ou dos nomes das capitais dos estados ou de quanto foi a safra de milho do ano anterior. Encha as pessoas com dados incombustíveis, entupa-as tanto com ‘fatos’ que elas se sintam empanzinadas, mas absolutamente ‘brilhantes’ quanto a informações. Assim, elas imaginarão que estão pensando.”

Montag então conheceu o ex-professor Faber. Um senhor culto e muito inteligente que, assim como todos as outras pessoas que se destacavam pela inteligência, vivia recluso em sua casa. Montag percebeu que a sociedade em que vivia tratava os intelectuais e portadores de conhecimento como um câncer. Montag ficou cada vez mais incomodado com o que via. Recolheu outros exemplares e os guardou em casa. Quando sua esposa descobriu, não houve outra saída: Montag foi denunciado e os bombeiros vieram à sua casa para queimar.

Mas Montag conseguiu fugir dos bombeiros e do cão farejador utilizado nas buscas. Fugindo como se fosse o pior dos criminosos, Montag seguiu pela antiga linha férrea até encontrar com outras pessoas que por ali viviam escondidas. Qual não é a surpresa de Montag ao descobrir que aqueles homens e mulheres que viviam em situação degradante, humilhados, sujos e famintos, eram outrora professores universitários, autores de best-sellers e intelectuais em geral, que conseguiram fugir ao grande expurgo do conhecimento.

“Ninguém mais presta atenção. Não posso falar com as paredes porque elas estão gritando para mim. Não posso falar com minha mulher; ela escuta as paredes. Eu só quero alguém para ouvir o que tenho a dizer. E talvez, se eu falar por tempo suficiente, minhas palavras façam sentido.”

Fahrenheit 451 – Conclusão

Cada um guardava consigo trechos ou livros inteiros, mas não em papel e sim dentro de seus cérebros. Era a melhor maneira de manter vivo o conhecimento. Livros poderiam ser queimados, mas ideias e ideais, nunca. Tiranos e ditadores acontecem na história da humanidade. Bons e maus presidentes também. No final, todos morrem. Contudo, o que nunca morre e sempre existirá é o conhecimento. Esse é perene, não importa o seu portador. Quando olho para o nosso presente, percebo o quanto esse é um livro importantíssimo de ser lido.

“Não importa o que você faça desde que você tranforme alguma coisa, do jeito que era antes de você tocá-la, em algo que é como você depois que suas mãos passaram por ela. A diferença entre o homem que apenas apara gramados e um verdadeiro jardineiro está no toque. O aparador de grama podia muito bem não ter estado ali; o jardineiro estará lá durante uma vida inteira.”

Indico o filme Fahrenheit 451, de 1966. Seguiu fielmente a história do livro.

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Fahrenheit 451

Até a próxima!

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