Frankenstein
Frankenstein

Frankenstein

Frankenstein

Título: Frankenstein
Autor: Mary Shelley
Editora: EdLab
Páginas: 240

Resumo do livro Frankenstein

Mary Shelley foi uma autora inglesa, filha de pais filósofos e ativistas, que escreveu inúmeras obras literárias. Contudo, Shelley é mundialmente famosa por escrever esse romance, considerado a primeira história de ficção científica. Ela escreveu quando tinha apenas 18 anos. A história se passa em locais por onde a autora esteve, além de conter traços e eventos biográficos.

Frankenstein – História

A história do livro, se atentarmos unicamente à narrativa, pode ser dividida em partes. A primeira parte traz uma troca de correspondências entre o capitão Robert Walton e sua irmã, Margaret Walton durante o século XVII. Walton se propõe a explorar o Polo Norte e, ficando preso no gelo com seu barco, encontrou com um homem extremamente doente e que lhe contou uma história extraordinária. Esse homem é Victor Frankenstein. Victor emoldura sua vida até aquele momento e faz um recorte de sua experiência.

“Quando vi tamanho poder ao alcance das minhas mãos, hesitei por algum tempo quanto à matéria a que o aplicaria. Ainda que possuísse a capacidade de infundir vida, preparar uma estrutura que a recebesse, com todas as minúcias de fibras, músculos e veias, ainda permanecia uma obra de inconcebível dificuldade e labor. Inicialmente não conseguia me decidir sobre se devia tentar a criação de um ser como eu próprio, ou outro de mais simples organização; mas minha imaginação estava entusiasmada demais com o meu primeiro sucesso para que pudesse colocar em dúvida minha habilidade de dar vida a um animal tão complexo e maravilhoso quanto o próprio homem.”

Nascido em Nápoles, em berço de ouro, Victor logo se interessou por química e por teorias alquimistas. Em sua juventude, seus pais decidiram retornar à Genebra, na Suíça, e levaram consigo uma órfã, Elisabeth, por quem Victor logo nutriu uma grande paixão. Semanas antes de partir para a Universidade de Ingolstadt, na Alemanha, para completar seus estudos, a mãe de Victor morreu. Tomado de uma grande dor pela perda da mãe, Victor se afundou em seus estudos e desenvolveu uma técnica secreta para dar vida a matéria inanimada.

Victor deu vida a um ser disforme, com altura superior ao ser humano, e de aspecto hediondo. Horrorizado pelo que acabara de criar, Victor correu pelas ruas da cidade e não se deu conta de que quando retornou para casa, a criatura não estava mais lá. Após se recuperar do torpor que invadiu seu corpo e mente com a sua experiência tenebrosa, Victor recebeu uma carta de seu pai informando que seu pequeno irmão William havia sido assinado. Victor mal sabia que o pior ainda estava por vir e que a criatura que ele havia criado se tornaria a sua maldição.

“Em lugar da consciência serena que me permitisse visitar o passado satisfeito de mim mesmo e da qual vislumbrasse a promessa de esperanças renovadas, estava mergulhado em remorso e culpa, que me arrastavam às intensas torturas de um inferno que palavra nenhuma poderia descrever.”

O terror de Victor aumentou quando a babá de seu pequeno irmão, Justine, foi condenada pela morte do menino e enforcada. Com o peso da culpa sobre seus ombros, Victor decidiu caminhar pela montanhas e foi abordado pela criatura. O leitor é levado então a uma narrativa fantástica. A criatura contou a Victor tudo o que aprendeu com um casal e um velho cego que moravam nas montanhas. Aprendeu a ler e a escrever. Conheceu a história da humanidade e aprendeu a tocar um instrumento musical. Tudo isso só observando, já que por conta de sua aparência horrenda ficava o tempo todo escondido juntos aos porcos.

Ao assumir o assassinato de William, a criatura diz a Victor que a dor que ele sentiu é a mesma que ela, enquanto criatura, sente. O monstro pediu, então, a Victor que desse vida a uma fêmea de sua espécie. A criatura prometeu a Victor que a sua felicidade seria também a paz de Victor, uma vez que a intenção era sumir para os confins da Terra para se esconder dos humanos e viver uma vida de paz e tranquilidade. Contudo, Victor, após ponderar muito sobre o assunto, disse ser impotente diante de tal pedido, pois o horror de dar vida a uma criatura como aquela tinha quase tirado a sua própria vida. A criatura não se satisfez e empreendeu uma carnificina na família de Victor.

” ‘Essas maravilhosas narrativas inspiraram-me sentimentos estranhos. Era o homem, de fato, tão poderoso, virtuoso e magnificente e, no entanto, tão vicioso e mesquinho? Ele parecia-me, por um lado, meramente herdeiro do princípio do mal e, por outro lado, de tudo que se pudesse conceber de nobre e divino. Ser um homem grande e virtuoso parece a mais elevada honra que poderia almejar um ser vivo; ser mesquinho e vicioso, como muitos registros assinalavam, parecia-me a mais vil degradação, uma condição mais abjeta que a da cega toupeira ou do ínfimo verme.”

Victor então começou uma verdadeira caçada à criatura e chegou ao Polo Norte, onde encontrou o Capitão Walton preso no gelo. É nesse momento que a história tem seu desfecho. Muito debilitado Victor morreu e para surpresa de Walton a criatura apareceu e chorou a morte de seu criador. Decidido a não ser mais visto por nenhum ser humano, a criatura jurou se matar e fugiu para nunca mais ser vista.

Frankenstein – Conclusão

A história de Frankenstein suscita muitas reflexões. Não há como pensar na relação criador-criatura quando a criatura pergunta a Victor: “Com qual propósito me criaste?”. Para que estamos aqui, criados e moldados para uma experiência de vida efêmera? Qual é esse poder que além de nos dar a vida também a tira? A criatura questiona por que o homem possui tanto conhecimento e inteligência ao mesmo tempo em que é tão mesquinho e cruel. Somos todos Victor Frankenstein quando damos luz à uma criança? Que poder podemos exercer sobre um ser que possui um pouco do sopro da nossa própria vida? Que poder sobre as nossas vidas tem o nosso criador?

E além disso, há outras reflexões sobre estética, ética, ciência, e tantos outros assuntos. No fim, só queremos o que a criatura queria: ser aceito, poder amar e viver uma vida de paz.

Indico o filme Frankenstein, de 1931. Precursor de outros 8 filmes sobre o livro.

Acompanhe o blog também no Instagram, Facebook, Youtube e Spotify

Se você chegou até aqui e gostou da resenha, adquira a obra através do link abaixo e apoie o Resumo de Livro.

Frankenstein

Até a próxima!