Título: Mitologia Nórdica
Autor: Neil Gaiman
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Resumo do livro Mitologia Nórdica
Neil Gaiman é um autor britânico de contos, romances, roteiros e histórias em quadrinhos. Começou a carreira como jornalista, mas logo o talento para construir tramas e universos únicos o levou para o mundo dos quadrinhos, com a aclamada série Sandman, e depois para a ficção adulta e infanto juvenil. Também é autor dos aclamados livros: O oceano no fim do caminho e American Gods.
Mitologia Nórdica – História
Mitologia Nórdica nos entrega os mitos dos deuses nórdicos, reimaginados por Neil Gaiman, que consegue se manter fiel às histórias escandinavas. Vemos nas páginas os personagens que tanto conhecemos, e que se tornaram ainda mais populares com os filmes da Marvel, como Thor, Loki e Odin, além de vários outros. Como o próprio autor explica, não sobrou muito material original sobre a mitologia nórdica e tudo o que sabemos hoje talvez não corresponda a 20% do total, já que a maioria das histórias nórdicas foi passada de geração em geração através da cultura oral. Por conta disso, as histórias contadas no livro são rasas em detalhes e breves, focadas principalmente em passar uma narrativa.
O início do livro é uma introdução do próprio autor, contando sua paixão em relação à mitologia nórdica. Os contos são cronológicos, onde o acontecimento de um acaba afetando diretamente o outro, mas não é informado quanto tempo há entre cada um deles. A prosa de Gaiman contribui para a facilidade da leitura. Com pitadas de humor, cada conto torna-se único, mostrando o que cada personagem pode fazer, independente do que seja, para conquistar seu objetivo na história, que nem sempre é algo muito relevante.
“Antes do princípio, não havia nada – nem terra, nem paraíso, nem estrelas, nem céu -, existia apenas o mundo feito de névoa, sem forma nem contorno, e o mundo feito de fogo, eternamente em chamas.”
Buri era o ancestral dos deuses. Ele teve três filhos: Odin, Vili, e Ve. Viviam todos em Asgard, a terra dos deuses. No momento da criação, os três se olharam e decidiram sobre a vida, sobre o universo e sobre o futuro. Os três mataram o enorme gigante Ymir, moldaram a terra a partir de sua carne, e de seus ossos moldaram as montanhas e desfiladeiros. Do sangue de Ymir, criaram-se os mares, rios e oceanos. Os irmãos dividiram o mundo para manter os gigantes afastados. A partir dos cílios de Ymir contruíram um muro para separar Asgard de Midgard, terra do meio, entre os deuses e o inferno.
Para habitar Midgard, usaram dois troncos de freixo, uma árvore bela e flexível, com raízes profundas. Odin soprou vida para animar os troncos. Vili deu-lhes vontade própria, inteligência e motivação. Ve esculpiu os troncos e deu-lhes forma humana. Os três fizeram as vestimentas e agora os troncos era uma mulher e um homem, prontos para povoar Midgard.
“- Não importa quão forte ou quão longe o martelo seja jogado: ele sempre voltará para as suas mãos.
Thor abriu um sorriso. E o deus do trovão não sorria com frequência.”
Em ordem de importância, Neil Gaiman explica os principais deuses de Asgard. Asgard é o reino dos deuses, os Aesir, mundo separado do reino dos mortais, Midgard. Odin é o mais poderoso e mais velho dos deuses. Ele conhece muitos segredos e abriu mão de um de seus olhos em troca de sabedoria. Odin viaja para todos os cantos sob um disfarce, querendo ver o mundo como as pessoas comuns. Ele possui dois corvos, Hugin e Munin, cujos nomes significam, pensamento e memória, respectivamente. Esses pássaros voam pelo mundo inteiro, trazendo notícias e levando a Odin todo o conhecimento das coisas. Os corvos pousam em seus ombros e sussurram aos seus ouvidos tudo o que viram o ouviram dos mortais.
Thor é o filho de Odin. É o forjador de trovões. Sua arma é o Mjölnir, um martelo impressionante. Certa vez, ao acordar, Thor percebeu que o cabelo de sua esposa, Sif, havia desaparecido. Thor logo descobriu que fora Loki, que bêbado, cortara o cabelo de sua amada. Como forma de se desculpar pelo ocorrido e salvar a sua pele, Loki propôs que os anões refizessem o cabelo de Sif. Novamente através de um jogo de trapaça, Loki conseguiu que os três irmãos anões recuperassem o cabelo de Sif. Para presentear Thor, Loki pediu uma arma indestrutível. Os anões então forjaram o Mjölnir, um martelo que nunca errava o alvo e sempre voltaria para as mãos de Thor. Assim, se criou a lenda de Thor e seu martelo.
“Os guerreiros mortos em batalha são levados peas Valquírias – belas donzelas guerreiras que recolhem as almas dos mortos honrados – para um salão chamado como Valhala. Lá Odin estará esperando pelos caídos, e os mortos beberão, lutarão, batalharão, e se banquetearão tendo Odin como líder.”
Loki é o mais bonito dos deuses, irmão por jura de sangue de Odin. Ele é sensato, convincente, simpático e, de longe, o mais perspicaz, sutil e astuto de todos os habitantes de Asgard. Loki torna o mundo mais interessante, porém menos seguro. Ele é o pai dos monstros, o autor dos infortúnios e o deus da trapaça. Uma das histórias mais incríveis do livro é com esse personagem. Depois de uma de suas trapaças e brincadeiras, Loki havia ido longe demais. Dispostos a por um fim nessas trapaças, os deuses se reuniram e decidiram caçar Loki para aprisioná-lo. Os deuses entraram em uma caverna e, com Loki amarrado entre eles, desceram para as profundezas da terra. Nessa caverna estavam presos os filhos e a esposa de Loki.
Um deus lobo, Narvi, foi chamado para matar um dos filhos de Loki. Suas tripas serviram de corda para amarrar três grandes pedras em Loki. Uma sobre os ombros, uma na cintura e outra entre as pernas. Além disso, colocaram uma cobra de olho frio por cima de Loki. A língua da cobra movia-se com rapidez fazendo as presas gotejarem veneno, que queimava a pele de Loki toda vez que encostava nela. Ao perceber a dor que Loki sentia quando o veneno tocava sua pele, sua esposa trouxe uma grande bacia, para coletar a gota de veneno antes de enconstar em Loki. Mas todas as vezes que a esposa de Loki precisa sair de perto dele para esvaziar a bacia, a cobra deixa cair uma gota de veneno. Como Loki sente muita dor se contorcendo, ele força os grilhões, fazendo a própria terrra se mover quando ele se debate. E assim, os nórdicos explicam o terremoto.
Mitologia Nórdica – Conclusão
O mais surpreendente desse livro é descobrir como a cultura nórdica tenta explicar o funcionamento do mundo a partir de um olhar mitológico, assim como fizeram outras civilizações, como gregos, romanos, egípcios, incas, astecas, etc. A criação do mundo, o funcionamento das coisas e o fim de tudo. Além disso, o que vem depois do fim de tudo. Todas essas coisas são explicadas através dos mitos nórdicos e Neil Gaiman é incrível em nos contar essas histórias de uma maneira tão espetacular.
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Até a próxima!