Resumo: O Alienista | Machado de Assis

Título: O Alienista
Autor: Machado de Assis
Editora: Penguin
Páginas: 104

Resumo do livro O Alienista

Considerado uma novela humorística, O Alienista foi publicado em 1882. O termo alienista era utilizado na época para os médicos especializados em doenças mentais, o que atualmente é conhecido como psiquiatra. Além disso, a obra se insere no movimento do Realismo no Brasil.

O Alienista – História

O Alienista conta a história de Simão Bacamarte, médico respeitado por sua carreira na Europa e no Brasil. De volta à Itaguaí, sua cidade natal, Simão decidiu montar um consultório médico. Casou-se com uma viúva, Dona Evarista, que segundo o próprio Simão não era bonita tão pouco simpática, mas seria capaz de lhe dar filhos inteligentes. O que nunca ocorreu. Logo, a paixão pela ciência tornou Simão Bacamarte um profundo conhecedor do mal da loucura e ele virou todas as suas atenções na descoberta das causas e dos remédios para esse mal.

“Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas.”

Solicitou autorização da Câmara de Itaguaí e conseguiu fundar a Casa Verde, local para onde levaria as pessoas consideradas loucas. Na Casa Verde, Simão utilizaria os seus conhecimentos médicos e colocaria em prática os tratamentos mais avançados contra a loucura. Então, pouco a pouco Simão foi recolhendo as pessoas na rua, sempre que identificava, com seu olhar atento e científico, algum louco desatento.

E a Casa Verde foi enchendo. A cada dia que passava Simão recolhia mais e mais pessoas. Naturalmente, isso foi gerando um certo desconforto na sociedade de Itaguaí e não era raro as pessoas evitarem cruzar com Simão Bacamarte na rua ou até mesmo evitar os ambientes frequentados pelo médico. E logo surgiram críticas ao trabalho do médico. A princípio as críticas eram veladas, já que havia sempre o medo de ser recolhido à Casa Verde.

“O principal nesta minha obra da Casa Verde é estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhe os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal. Este é o mistério do meu coração. Creio que com isso presto um bom serviço à humanidade.”

Até que um dia um cidadão resolveu tomar a frente do protesto contra Simão Bacamarte. O barbeiro, que era conhecido pelo apelido de “Canjica”, resolveu enfrentar os perigos e deu voz aos descontentes. Invadiu uma sessão da Câmara e cobrou medidas enérgicas contra Simão Bacamarte. Não obtendo resposta dos políticos, resolveu então tomar o poder para si. Sendo agora o todo poderoso de Itaguaí, o barbeiro se encaminhava, enfim, para contestar pessoalmente o médico.

Liderando uma turba de descontentes, o que ficou conhecido como Rebelião dos Canjicas, o barbeiro confrontou Simão Bacamarte em frente à Casa Verde. Mas com o ímpeto contido pelo poder que detinha, um acordo pacífico finalmente foi feito e os loucos da Casa Verde, agora curados pelo métodos de Simão, foram finalmente devolvidos à sociedade.

“Simão Bacamarte achou em si os característicos do perfeito equilíbrio moral e mental; pareceu-lhe que possuía a sagacidade, a paciência, a perseverança, a tolerância, a veracidade, o vigor moral, a lealdade, todas as qualidades enfim que podem formar um acabado mentecapto.”

O Alienista – Conclusão

Retornando à normalidade, os cidadãos de Itaguaí podiam finalmente sair às ruas sem medo de serem recolhidos à Casa Verde. A vida de todos voltou ao normal. Menos a vida de Simão Bacamarte. Homem da ciência, o médico passou a meditar sobre os fatos recentes e chegou à conclusão de que de fato não havia loucos em Itaguaí. Mas ao ampliar esse pensamento, chegou à conclusão de que talvez ele é que era o louco da cidade. Não podendo ir contra tudo o que acreditava, se internou na Casa Verde em busca de tratamento contra a sua própria loucura.

O Alienista se descobriu alienado!

De Machado de Assis já publicamos: