Título: O Buraco da Agulha
Autor: Ken Follett
Editora: BestBolso
Páginas: 434
Resumo do livro O Buraco da Agulha
Ken Follet é um escritor britânico, autor de thrillers e de romances históricos. O Buraco da Agulha é o primeiro best-seller do autor e ganhou o prêmio Edgar Award como melhor romance de 1978.
O Buraco da Agulha – História
Acompanhamos duas histórias aparentemente diferentes e distantes. De um lado, Lucy e seu marido David passam por um momento conturbado em seu casamento. Eles viviam felizes e prontos para o casamento quando a guerra começou em 1940. Sendo aspirante a piloto da Força Aérea Britânica, David decidiu adiantar o casamento com Lucy para que pudesse partir para a batalha com uma motivação a mais para retornar. No dia do casamento, enquanto se dirigiam para sua lua de mel, um acidente de carro mudou para sempre a vida dos dois. David perdeu as duas pernas e a possibilidade de lutar na guerra. Lucy descobriu que estava grávida.
4 anos depois os dois ainda viviam juntos, mas com os corações já separados. Resolveram morar em uma ilha afastada, a Ilha das Tormentas. Nessa ilha só morava um velho pastor de ovelhas, que aceitou que Lucy, David e o pequeno Jonathan se tornassem seus vizinhos e morassem na única casa que havia disponível na pequena ilha. David passava os dias no cuidado das ovelhas. Lucy passava os dias pensando em como sua vida era triste e solitária.
“Estamos na corda bamba. Se um agente decente da Abwehr na Inglaterra souber de Fortaleza, codinome para o plano que enganará os alemães, toda a estratégia corre perigo. para falar a verdade, poderíamos perder a guerra.”
A outra história é a de Faber, ou como era conhecido na Alemanha, Die Nadel, A Agulha. Morando em Londres desde antes da guerra, Faber trabalhava para a Abwehr, a agência de serviço de informação do exército alemão. Faber era o mais importante e eficiente espião alemão morando na Inglaterra. Seu trabalho como espião era exemplar. Mantinha sempre duas identidades, dois locais de moradia e evitava os contatos mais íntimos com os ingleses. Conseguia suas informações das pessoas comuns, podia ser de um jovem soldado hospedado na mesma pensão, ou do amigo de trabalho que tinha um parente que seria mandado para a linha de frente. Faber sempre transmitia informações precisas. Faber também era eficiente em apagar seus rastros e não deixar testemunhas. Sempre usando um estilete, Faber matava qualquer um que suspeitasse dele.
Em 1944, Faber tinha uma missão crucial para a Alemanha e para o andamento da guerra. Ele deveria averiguar se o Primeiro Exército do General Patton estava estacionado próximo a Dover. Os alemães estavam em dúvida se o desembarque aliado ocorreria em Pass de Calais ou na Normandia. Aviões de reconhecimento tinham avistado uma movimentação de tropas em Dover, o que significava que o desembarque seria em Calais, mas os mais experientes generais apostavam que o desembarque ocorreria na Normandia. Como os recursos de defesa alemães estavam reduzidos, o alto comando tinha que saber com precisão onde seria o ataque aliado. Mandaram Faber para Dover para que ele descobrisse a verdade. Os rumos da guerra estavam nas mãos do espião alemão.
“Ele precisava de provas, e tinha que levá-las para Berlim. Ele precisava de fotos. Ele tiraria fotografias desse gigantesco exército de mentira, então iria para a Escócia encontrar o submarino e entregaria as fotos ao Fuhrer pessoalmente.”
Em paralelo às ações de Faber, o MI5, serviço de inteligência britânico, estava monitorando as ações do eficiente espião alemão. Já haviam armado inúmeras armadilhas para capturar Faber, mas todas sem sucesso. Não tinham o nome nem o rosto do espião alemão. Conhecemos então Godling, um professor de história que desistira da vida militar depois que perdera sua esposa em um acidente. Mas por suas qualidades práticas e pela sua inteligência, foi convocado pelo MI5 para caçar Die Nadel. De seu escritório, Godling recebeu a informação de que 5 homens da guarda costeira haviam desaparecido quando faziam uma inspeção de rotina na região de Dover. Como sabia do embuste criado pelo Exército inglês, Godling tinha certeza de que o espião estava agindo
Faber conseguiu descobrir a verdade. O exército em Dover era fictício. O desembarque seria na Normandia. Mas Faber foi interceptado por guardas costeiros. Deu fim a todos eles, mas sabia que levantaria muitas suspeitas. Pela Alemanha ele faria tudo. Faber então planejou sua fuga, através de um submarino que o levaria de volta à terra natal com as informações mais importantes de sua vida e do futuro da Alemanha. Com a consciência de estava sendo perseguido, Faber habilmente despistou as forças do MI5. Contudo, uma tempestade o alcançou quando estava à caminho do submarino e ele acabou naufragando na Ilha das Tormentas.
“Ela sabia o que tinha que fazer. Não tinha o direito de desistir, agora que compreendera. Pois não era apenas sua vida que estava em jogo. Ela tinha de fazer por David e por todos os outros jovens que haviam morrido na guerra.”
Se passando por um náufrago, Faber conseguiu se instalar na casa de Lucy e David até que a tempestade passasse e ele pudesse encontrar o submarino alemão. Logo surgiu um sentimento entre Faber e Lucy. Os dois logo tiveram um relacionamento mais íntimo, o que gerou um apego emocional grande entre os dois. David logo desconfiou de Faber, e achou as fotos que o espião tirara em Dover. Não restava outra saída, Faber deveria matar David. Mas o espião não contava com a força e a coragem de Lucy. Que mesmo envolvida com o alemão, não podia consentir que aquele que ela desejava matou seu marido e pai de seu filho.
Quando a verdade veio à tona a história ganha um ritmo acelerado, Lucy e Faber lutam cada um por sua vida. No final, venceria quem tivesse não as melhores técnicas de sobrevivência, mas a maior vontade de viver.
O Buraco da Agulha – Conclusão
Um livro de espionagem de tirar o fôlego. Muita ação e muito suspense nas histórias de Lucy, Godling e Faber. O autor consegue criar histórias que se desenvolvem de forma paralela, mas que convergem para um final eletrizante. Um livro incrível.
Indico o filme The Eye of the Needle, de 1981. Uma adaptação do livro para o cinema.
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Até a próxima!