Título: O Cavaleiro Inexistente
Autor: Ítalo Calvino
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 115
Resumo do livro O Cavaleiro Inexistente
Ítalo Calvino foi um dos mais importantes escritores italianos do século XX. Seus textos oscilam entre a sinceridade, a delicadeza e a agilidade. O Cavaleiro Inexistente é um livro que concatena todos esses atributos, sincero em seu objetivo, delicado e sutil ao trazer reflexões e ágil ao contar tudo isso em apenas 115 páginas.
O Cavaleiro Inexistente – História
O livro conta a história de Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Atri de Corbentraz e Sura cavaleiro de Selimpia Citeriore e Fez, um cavaleiro do Imperador Carlos Magno, dotado de enorme coragem e sabedoria e que exercia suas funções de supervisão com o maior zelo e capricho.
“Não sei porque todos se compadecem de você. O que lhe falta? Antes, se movia, agora seu movimento passa para os vermes que você nutre. Fazia crescer unhas e cabelos: agora vai produzir líquidos que farão crescer mais altas sob o sol as ervas dos campos. Vai se tornar capim, depois leite das vacas que comerão o capim, sangue de criança que bebeu o leite, e assim por diante. Ó cadáver, você é mais capaz do que eu para viver?”
O livro conta com um personagem-narrador: uma freira reclusa em um convento que foi designada para contar essa história. Os acontecimentos narrados levam ao cruzamento das histórias de 4 outros personagens, além do cavaleiro inexistente. Além disso, os personagens vão muito além das páginas e podemos ver um pouco do ser humano em cada um deles.
O que falar de Gurdulu, o fiel escudeiro de Agilulfo? Um simples trapalhão ou a alusão real a muitas pessoas que vivem sem se dar conta de sua própria existência? Como se fossem levadas por qualquer vento que muda de rota, ora sendo pereiras, ora sendo pêras, numa mudança drástica de posições sem tomar partido de nada. E Rambaldo, que está empenhado em sua vingança, mas que se vê perdido quando a mesma se conclui, como muitos que não se saciam em suas próprias conclusões, vivendo os momentos de ‘quase’ com a vaga esperança de haver mais vida após esses momentos.
“Só agora me dou conta de que preenchi páginas e páginas e ainda me encontro no início da minha história: doravante teremos o verdadeiro andamento do enredo, isto é, as viagens aventurosas de Agilulfo e de seu escudeiro para localizar a prova da virgindade de Sofrônia, as quais se entrelaçam com as de Bradamante perseguidora e perseguida, de Rambaldo apaixonado e de Torrismundo em busca dos cavaleiros do Graal.”
Também há a jovem Bradamante, que atrai e assusta, mas que no fundo é apenas uma mulher indefesa num corpo moldado para os confrontos, insaciável como algumas mulheres, que buscam cavaleiros tão perfeitos que inexistem. O jovem Torrismundo também aparece, surgido do nada, na última parte do livro, para reclamar posições e se desfazer de outras, se enfiando numa busca improvável, estranhamente engraçada e profundamente triste.
O Cavaleiro Inexistente – Conclusão
Um livro que mostra um cavaleiro que não existe, mas que traz algumas reflexões sobre a nossa própria existência e insignificância. Seria ele mais real do que cada um de nós jamais fora? A verdade é que O Cavaleiro Inexistente não é um livro impositivo ou tão profundo a ponto de nos fazer refletir com tamanha veemência, é uma história divertida, onde o improvável se faz presente e situações inacreditáveis acontecem.
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Até a próxima!