Título: O Morcego
Autor: Jo Nesbo
Editora: Record
Páginas: 346
Resumo do livro O Morcego
Jo Nesbo é um músico e economista, além de autor, norueguês. Esse livro é o primeiro thriller policial estrelado pelo detetive Harry Hole. O Morcego conquistou o Prêmio Glass Key como o melhor romance nórdico e o Riverton Prize como o melhor thriller norueguês. O autor consegue deixar o leitor atento o livro inteiro e vai desvendando o crime aos poucos, como se montasse um quebra cabeça enorme. Coloca pequenos plot twists ao longo da história sem que com isso o leitor fique às cegas. O final é coerente com toda a história e você se sente respeitado como leitor, já que nada é colocado de forma gratuita.
“O rosto da jovem havia sobrevivido relativamente bem à queda. De um lado, a narina tinha sido rasgado, e a maçã do rosto havia levado uma pancada que a deixara funda, mas não reatava dúvida de que o rosto pálido pertencia à mesma garota com o sorriso radiante na foto do relatório policial.”
O Morcego – História
Harry Hole é um detetive norueguês que é enviado para a Austrália para investigar a morte da norueguesa Inger Holter, morta de forma brutal no litoral de Sidney. A sua missão era encontrar o assassino, porém mais ainda, era encontrar uma resposta para levar à família de Inger. Harry logo descobriu que sua estadia na Austrália não seria fácil. Ele foi informado que a polícia de Sidney já estava investigando o caso, mas que ele ficaria informado de todos os passos. Além disso, o policial Andrew seria o seu parceiro durante sua estadia. Andrew era um descendente dos aborígenes, nativos que já estavam na Austrália séculos antes da chegada dos primeiros ingleses.
Andrew então se tornou uma espécie de guia turístico de Harry. Além de mostrar os cantos mais obscuros da cidade, contou uma série de histórias e fábulas aborígenes sobre a criação e ordenação do mundo e sobre a morte. Harry foi apresentado aos mais variados tipos de pessoas, desde lutadores de box itinerantes até artistas homossexuais de um circo. Mas ao contrário do que pode parecer, esses eram os elos que faziam a ligação entre Inger Holter e seu assassino.
“Cada vez que você desvenda um assassinato, fica um pouco mais abatido. Infelizmente, em geral, esses casos envolvem mais pessoas problemáticas e histórias tristes do que motivações mirabolantes saídas de um livro da Agatha Christie. A princípio, eu me via como um paladino da justiça, mas, às vezes, me sinto mais como um lixeiro.”
Harry conheceu uma garçonete sueca chamada Birgitta, por quem passou a nutrir uma afeição especial. Mas a investigação continuou e Harry passou a se envolver com traficantes poderosos atrás de respostas. As respostas começaram a aparecer e Harry passou a temer que estivesse lidando não apenas com um assassinato isolado, mas um serial killer que estrangulava mulheres loiras e solteiras, após estuprá-las. Andrew contou uma de suas fábulas aborígenes, onde o morcego era o símbolo da morte. Harry estava com o assassino diante de si, mas não conseguiu enxergá-lo pois estava olhando para o lado errado.
“Na ficção policial tradicional, qualquer detetive que se preze tem um faro infalível para descobrir quem está mentindo. Conversa fiada! A natureza humana é uma floresta impenetrável, que ninguém é capaz de conhecer em sua totalidade. Nem mesmo uma mãe conhece os segredos mais íntimos do filho.”
O Morcego – Conclusão
E quando os fatos se sucedem de forma caótica, Harry precisou encarar novamente um fantasma do passado que resolveu assombrá-lo: o alcoolismo. Harry sucumbiu ante ao seu maior rival, viu Birgitta se afastar, e enterrou seu amigo Andrew.
O final é o momento onde o leitor prende a respiração e não larga o livro. Harry conseguiu descobrir a identidade do assassino, partiu em uma perseguição louca, mas colocou em risco algo de muito valor para ele. E quando menos esperava ele descobriu que escolhas erradas nem sempre tem um ponto de retorno.
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O Morcego
Até a próxima!
