O Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe

Principe

Título: O Pequeno Príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Editora: Agir
Páginas: 95

Resumo do livro O Pequeno Príncipe

Esse livro deveria ser lido por todos, crianças e adultos. Pois ele é para todos.

O Pequeno Príncipe – História

É uma história contada por um autor/narrador/personagem que conta sua trajetória a partir de momentos especiais de sua vida. A primeira passagem é sobre um desenho que ele fez aos seis anos de uma jiboia com um elefante dentro, mas que todos os adultos insistiam em dizer que era apenas um chapéu. Ele inclusive abandonou o gosto por desenhos justamente porque ninguém o compreendia. E a partir desse dia ele ficou convencido de que as pessoas grandes eram muito estranhas.

O personagem se tornou adulto e virou piloto de avião. E quando estava sobrevoando o deserto do Saara seu avião entrou em pane e caiu, deixando nosso personagem sozinho no deserto, com um avião quebrado, longe de qualquer coisa parecida com um ser humano e com água para oito dias. Mas então, eis que ele aparece. Um pequeno príncipe, vindo diretamente de seu minúsculo planeta, estava sentado olhando para o piloto do avião, pedindo para ele desenhar um carneiro.

“O essencial é muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”

Durante oito dias o pequeno príncipe acompanhou nosso personagem/narrador. E durante esse tempo ficamos sabendo em pormenores toda a viagem que o príncipe fez até chegar à Terra. Passando por planetas minúsculos como o dele, e que possuíam apenas um morador cada: um rei, um geógrafo, um empresário, um bêbado, um vaidoso e um homem que acendia lampiões. Depois de tanta conversa, vendo a água acabar, o pequeno príncipe levou o narrador até uma fonte de água no meio do Saara para salvá-lo.

Com o avião pronto para funcionar, o príncipe decidiu ir embora, pois já fazia um ano que estava ali, e era hora de voltar para revolver os três vulcões e molhar a rosa que tinha em seu pequeno planeta. O encontro durou apenas alguns dias, mas transformou a vida de nosso personagem para sempre.

“Quando encontrava uma pessoa que me parecia um pouco esclarecida, fazia a experiência do meu desenho, que sempre conservei comigo. Eu queria saber se ela era na verdade uma pessoa inteligente. Mas a resposta era sempre a mesma: É um chapéu. Então eu não falava nem de jiboias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Colocava-me no seu nível. Falava de bridge, de golfe, de política, de gravatas. E a pessoa grande ficava encantada de conhecer um homem tão razoável.”

Uma história muito simples. Muito fácil de ler, de imaginar, de viajar em cada palavra. Mas não é só isso. As metáforas dos habitantes dos planetas é totalmente real: um rei que vive só e quer um súdito a quem possa mandar, só pelo prazer de mandar. Diz o rei:

“É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.”

No planeta do vaidoso, este queria apenas um admirador. Alguém para venerá-lo e bater palmas diante de sua presença. O pequeno príncipe nada conseguia falar, pois os vaidosos só ouvem os elogios. Depois, o planeta habitado por um bêbado, que bebia para esquecer a vergonha que sentia em beber. O planeta do empresário também era peculiar: um homem que vivia a contar as estrelas dizendo que todas eram dele. E ele era um homem sério e importante, pois contava as estrelas, escrevia num papel e colocava o papel no banco. Mas para o príncipe, só somos importantes quando fazemos diferença naquilo que nos importa, e o empresário ficou sem palavras.

O planeta do geógrafo era o maior, e este ficava sentado diante de uma grande mesa com um grande livro, esperando um explorador dizer a ele o que havia em seu planeta. Ele mesmo não ia pois os geógrafos não exploram, apenas escrevem a exploração dos outros. E então ele chega à Terra:

“A Terra não é um lugar qualquer. Contam-se lá 111 reis (não esquecendo os reis negros), 7 mil geógrafos, 900 mil empresários, 7 milhões e meio de beberrões e 311 milhões de vaidosos.”

O Pequeno Príncipe – Conclusão

Sempre debati muito sobre o que é um livro clássico. Sempre questionei os critérios que alçavam uma obra a esse patamar. No meu entendimento, clássico é a obra que serve para adultos e crianças, que é atemporal e universal. O Pequeno Príncipe, dessa forma, é um clássico. Daqui a cem anos, o livro estará ainda fazendo sentido, estará ainda levando jovens à imaginar planetas e príncipes, e estará ainda levando adultos a se repensarem. Depois de tudo o que o livro ensina, fica a mensagem da raposa, animal tido como usurpador e traiçoeiro por boa parte da literatura, mas que nos deixa uma das mais importantes mensagens: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

Depois de muito tempo achando que este livro era apenas para crianças, descobri que ele me tocou muito mais que a maioria dos livros que já li na vida. Se você não leu, leia.

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Até a próxima!