Título: O Velho e o Mar
Autor: Ernest Hemingway
Editora: Civilização Brasileira
Páginas: 136
Resumo do livro O Velho e o Mar
O Velho e o Mar é um dos principais livros de Hemingway, escritor consagrado, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1954. Ao saber disso, antes da leitura, confesso que a expectativa estava alta. Pensei: um livro tão bem falado, considerado um clássico da literatura mundial, deve conter uma história forte, com personagens mais fortes ainda. E não é isso que se lê. Mas, calma. Eu explico.
O Velho e o Mar– História
O livro conta a história de Santiago, um velho pescador, muito experiente, que estava vivendo uma maré de azar. Mais de 80 dias que não conseguia pescar nada. Ao encontrar com um jovem de nome Manolin, que foi seu assistente desde os 5 anos, Santiago sentiu que seu azar poderia acabar. Manolin trabalhava para outros pescadores depois que seus pais o mandaram largar aquele velho azarento. Contudo, o fascínio que Santiago exercia sobre Manolin ainda estava vivo no pensamento do jovem, que decidiu ajudar mais uma vez o velho pescador.
“Tudo o que nele existia era velho, com exceção dos olhos que eram da cor do mar, alegres e indomáveis.”
Assim, a simplicidade da vida de Santiago foi exposta. Vivia descalço, morava em uma cabana extremamente humilde, que tinha apenas uma cama de palha e jornal e algumas prateleiras. Os anos no mar deixaram marcas profundas em seu corpo. A pele do pescoço era grossa, as mãos calejadas, o rosto vincado de rugas. Santiago era um homem simples. Que não se importava com nada, que não estava preocupado com nada, que vivia apenas para pescar e se sustentar.
Santiago partiu para alto mar, sozinho. Após um dia inteiro contemplando a cor do mar, o vento e o sol, o pescador sentiu que fisgou algo diferente. Incrivelmente, Santiago passou dois dias e três noites para conseguir capturar o gigantesco peixe. Amarrou-o ao lado do barco e tentou voltar para Havana, de onde saiu. Infelizmente, tubarões sentiram o cheiro do sangue do peixe e Santiago travou outra batalha contra esses predadores para defender seu troféu. Chegou exausto ao porto, apenas com a carcaça do grande peixe, e voltou para sua cabana para descansar. E a história termina por aí. Pelo menos nas páginas do livro.
“Gostaria de ser aquele peixe, e trocaria de bom grado a minha vontade e a minha inteligência para ter tudo o que ele tem.”
O Velho e o Mar– Conclusão
E é depois que o livro acaba que, na minha opinião, ele realmente começa. Santiago era um homem simples, mas ele era livre. Livre para pensar sobre as marés e sobre as estrelas, que eram as ferramentas que guiavam os pescadores em alto mar. Livre para conversar em voz alta com seus membros, pedindo para que sua mão esquerda não sentisse câimbra, ou que sua mente não o traísse. Santiago era um homem marcado pela dura vida que levava, mas que em momento nenhum reclamava, nenhuma adversidade o distraía ou o indignava. Que tivesse vivido essa aventura apenas em sua mente, mesmo assim sentiria os mesmos sentimentos, com a mesma intensidade. Santiago vivia por si e para si.
“Por que será que os velhos acordam sempre tão cedo? Será para terem um dia mais comprido?”
O livro me proporcionou a reflexão sobre esse sentido de viver. E de como é árduo viver para si atualmente. Sempre existe alguém, ou alguma coisa, que insiste em querer se colocar entre você e seus pensamentos. Vivemos em bolhas cada vez maiores, tão grandes que nem sequer sabemos que estamos dentro dela. Estamos cada vez mais vivendo dentro da caverna de Platão: olhando sombras e as chamando de Verdade.
Então, O Velho e o Mar não é isso que você acha que é, após ler sobre o livro. É muito mais, pois vai além de suas páginas e proporciona outros pensamentos e reflexões. É um clássico, realmente, pois daqui há muitos anos alguém estará lendo essas mesmas páginas e tendo, se não os mesmos, pensamento bem parecidos.
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Até a próxima!