Título: Os Elefantes Não Esquecem
Autora: Agatha Christie
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 248
Resumo do livro Os Elefantes Não Esquecem
Neste suspense, Agatha Christie nos presenteia com uma história repleta de mistérios e segredos. Somos apresentados à Sra. Ariadne Oliver, uma escritora de livros sobre crimes muito famosa em Londres (seria um alter ego da própria Agatha?) que não gostava de interagir com seu público. Um dia, contudo, ao participar de um almoço literário, Sra. Oliver foi interpelada pela Sra. Bedley-Cox e com a história da morte de um casal muito conhecido na cidade. Dois aspectos interessantes da trama: a filha do casal, Célia, era afilhada de Ariadne Oliver; as mortes ocorreram há mais de dez anos.
O crime foi detalhado: O casal Ravenscroft saiu para caminhar e foi encontrado morto no penhasco. Segundo a perícia houve um assassinato seguido de um suicídio. Só não encontraram as causas da tragédia e nem quem havia disparado os tiros. E foi então que a Sra. Oliver procurou pelo detetive francês Hercule Poirot. Após várias ponderações, ambos chegaram a conclusão que um crime do passado deveria ser revisitado com as possibilidades do presente, incluindo re-investigar os suspeitos e testemunhas. Então, os elefantes apareceram, metaforicamente falando.
“Não sei se o senhor conhece uma história que as crianças crescem ouvindo. Sobre como alguém, um alfaiate indiano, cravou uma agulha na tromba de um elefante. E quando o elefante acabou passando por ali de novo, ele tinha uma grande quantidade de água na tromba e a esguichou toda em cima do alfaiate, embora não o visse por diversos anos. Não havia esquecido. Ele se lembrava. Os elefantes não esquecem.”
A história se desenrola. Muitas testemunhas são ouvidas pela Sra. Oliver e por Poirot. Célia e o noivo Desmond, tomam conhecimento do caso e ajudam como podem. E apesar de lidar com fatos do passado, onde as memórias ajudam, mas também fantasiam e criam fatos inverídicos, “velhos pecados projetam longas sombras”, e tudo, sempre, volta à tona, de uma forma ou de outra. Para solucionar o caso, Poirot usa, além de suas habilidades de detetive, a capacidade de juntar peças que teoricamente não se encaixam no mistério: o cão da família que mudou de personalidade e quatro perucas que a Sra. Ravenscroft usava com frequência apesar de ter muito cabelo.
“Quero dizer, a senhora escreve essas histórias maravilhosas, conhece tudo em matéria de crime. Sabe quem comete crimes e por que os comete, e tenho certeza que as mais diversas pessoas devem lhe contar a história por trás da história.”
Um livro que faz jus a carreira de Agatha Christie. Prende o leitor até o final e desfaz o mistério como pó jogado no ar. Estava tudo ali, sempre esteve. Porém, se me cabe fazer uma pequena critica ao livro, como leitor, é que pelo menos um terço dos diálogos não faz a menor diferença para a trama. Pode ser recurso da autora para apontar caminhos que não têm saída, mas a leitura me trouxe o sentimento de que o livro continuaria sendo o que é, mesmo que pelo menos 70 páginas fossem retiradas, pois não acrescentam nada.
De Agatha Christie já publicamos:
- O Misterioso Caso de Styles
- Cem Gramas de Centeio
- O Mistério dos Sete Relógios
- Morte no Nilo
- Um Brinde de Cianureto
- Assassinato no Expresso do Oriente
- A Mão Misteriosa
- Os Trabalhos de Hércules
- A Aventura do Pudim de Natal
- Um Corpo na Biblioteca
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Os Elefantes Não Esquecem
Até a próxima!