Título: Os Filhos do Capitão Grant
Autor: Júlio Verne
Editora: Centaur
Páginas: 738
Resumo do livro Os Filhos do Capitão Grant
Do mesmo autor de A Volta ao Mundo em 80 Dias, Os Filhos do Capitão Grant é mais um romance geográfico de Júlio Verne. Se no primeiro os personagens deram a volta ao mundo através de países do hemisfério norte, agora a aventura se dá no hemisfério sul. Escrito entre 1866 e 1868, essa obra foi dividida em 3 partes: América do Sul, Austrália e Oceano Pacífico. Pelos nomes das partes do livro já dá para perceber o caminho percorrido e os desafios encontrados.
Os Filhos do Capitão Grant – História
A história inicia quando um lorde escocês, Edward Glenarvan, encontrou uma garrafa dentro do estômago de um tubarão-martelo, enquanto passeava no Mar do Norte com sua família em seu iate. Apesar da falta de algumas palavras na mensagem, Glenarvan conseguiu entrever que um capitão escocês a teria escrito. E não só isso! Ele descobriu que o seu navio havia naufragado na altura do paralelo 37 e ele supostamente estava nas mãos de indígenas. A mensagem era um pedido de socorro.
“-Tudo, minha querida Helena, e os lugares em branco que o mar deixou entre as palavras do documento vou preenchê-los sem dificuldade, como se escrevesse e o capitão Grant ditasse.”
Após colocar um anúncio, Glenarvan conheceu os filhos do capitão Grant, Roberto e Mary, que haviam dado o pai como morto. Na primeira tentativa de decifrar a mensagem Glenarvan supôs que Grant havia naufragado próximo à costa do Chile. Assim, reunindo seus melhores marinheiros, Glenarvan, sua esposa Helena, Mary e Roberto decidiram partir em uma expedição para salvar Grant. Contudo, mal a aventura começara e um passageiro inesperado apareceu: o geógrafo Paganel, que sem prestar atenção entrou no iate de Glenarvan achando que estava entrando no navio que o levaria à Índia.
Ao aportar no Chile, descobriram que não havia nenhum indício de Grant e seu navio, muito menos na região do paralelo 37 na costa argentina. Decidiram então investigar a mensagem novamente e após muitos debates, descobriram que o paradeiro de Grant poderia ser a Austrália. Assim, passando pela ilha de Tristão da Cunha no meio do Oceano Atlântico e pela ilha de Amsterdão no meio do Oceano Índico, aportaram na Austrália.
“- É para mim indiferente. A palavra não tem importância alguma. Nem procuro até o que ela possa significar. O ponto principal é que austral indica Austrália, e só tomando o espírito uma direção falsa é que não se dá logo com explicação tão evidente.”
Ao chegar à Austrália, encontraram com um dos marinheiros de Grant, o que encheu os aventureiros de esperança. Esperança que não durou muito ao constatarem que o marinheiro Aílton se tornara um bandido e que arquitetou um plano para roubar Glenarvan e seu grupo. Assim, desprovidos de navio e precisando atravessar o deserto australiano, todas as esperanças do grupo se esvaiam até que o encontro com um aborígene os salvou.
Glenarvan decidiu então retornar para a Escócia, totalmente desiludido de encontrar Grant. Mas ao chegar a Sidney, à espera do navio de retorno, encontraram informações sobre o navio de Grant. O grupo partiu então para a Nova Zelândia e a aventura travada com maoris canibais é o ponto alto da parte 3 do livro. Por fim, já sem esperanças, encontraram uma ilha perdida no meio do Oceano Pacífico, e qual não foi a extrema surpresa de Glenarvan ao encontrar o Capitão Grant e dois de seus marinheiros morando nessa ilha.
Os Filhos do Capitão Grant – Conclusão
“O homem foi feito para a sociedade, não para o isolamento. A solidão só pode produzir o desespero. É uma questão de tempo. Que a princípio os cuidados da vida material, as necessidade da existência, distraiam o desgraçado apenas salvo das ondas, que as necessidades do presente lhe façam esquecer o futuro ameaçador que o espera, é possível. Mas depois, quando ele se sente só, longe dos seus semelhantes, sem esperança de tornar a ver a pátria e as pessoas a quem ama, o que não deverá pensar, o que não deverá sofrer? Sua ilha representa para ele o mundo inteiro.”
Uma aventura incrível e uma excelente aula de geografia e história. A quantidade de conhecimento contida nesse livro é enorme. Júlio Verne juntou tudo o que se sabia do clima, da cultura e dos povos da América do Sul e da Oceania, em especial da Austrália e da Nova Zelândia, e escreveu essa aventura espetacular e imperdível.
Indico o filme In Search of the Castaways, de 1962. Uma produção dos estúdios Disney baseada no livro.
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Os Filhos do Capitão Grant
Até a próxima!
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