Título: Os Quatro Compromissos
Autor: Don Miguel Ruiz
Editora: Best Seller
Páginas: 110
Resumo do livro Os Quatro Compromissos
Os Toltecas foram uma cultura da América Pré-Colombiana, que supostamente viveu na região central do México. Os relatos iconográficos e culturais dos toltecas foram representados pelos seus sucessores, os Astecas. Sendo assim, existe um grande debate no mundo científico acerca da existência dos Toltecas. Como há falta de elementos históricos e arqueológicos, a existência dos Toltecas está relacionado exclusivamente com a representação mística criada pelos Astecas. Os Toltecas assumem, assim, a função de sacerdotes místicos, com uma forma de pensamento que vem sendo explorada pela contemporaneidade.
Os Quatro Compromissos – História
O autor se vale desse misticismo em torno dos Toltecas para descrever uma filosofia de vida que funciona como uma auto-ajuda. O livro traz quatro compromissos, que devem ser assumidos pelo leitor, para que este possa encontrar o caminho que vai conduzí-lo para a liberdade pessoal. Assim, cada compromisso guarda uma relação íntima com o leitor, que deve adaptar esse compromisso à sua vida, fazendo desse livro um verdadeiro guia.
“Se compararmos o sonho da sociedade humana com a descrição do inferno fornecida por quase todas as religiões, descobrimos que são a mesma coisa. As religiões dizem que se trata de um local de punição, de medo, dor e sofrimento, um lugar onde o fogo queima a gente. O fogo é gerado pelas emoções que vêm do medo. Sempre que sentimos raiva, ciúme, inveja ou ódio, experimentamos um tipo de fogo queimando em nosso interior. Estamos vivendo um sonho do inferno.”
O primeiro compromisso é: “Seja impecável com sua palavra”
Considerado pelo autor o primeiro e mais importante compromisso, de onde derivam os outros. Através da palavra manifestamos tudo. O que sonhamos, sentimos e o que verdadeiramente somos é expresso por palavras. O autor diz que a palavra pode matar ou salvar milhões, dando como exemplo as atrocidades cometidas pelos nazistas que foram convencidos pelo discurso de ódio de Hitler.
Se usamos a palavra para ofender alguém, estamos, na verdade, ofendendo a nós mesmos. Na medida em que as imprecações ditas revelam o mais íntimo de nosso ser. Quando falamos, nos expomos. Se falamos mal, o mal-dito, nos colocamos à mesa para a apreciação dos outros, e fazemos mal somente a nós mesmos. Ser impecável, sem pecado, com sua palavra é não usá-la contra você mesmo.
“Fofocar é praticar a magia negra em seu pior aspecto, porque é puro veneno.”
O segundo compromisso é: “Não leve nada para o pessoal”.
Da mesma forma que as suas palavras podem maldizer a você próprio, as palavras dos outros maldizem a eles próprios. Assim, nada do que os outros fazem é motivado por você. É por causa deles mesmos. Todas as pessoas vivem em seu próprio sonho, em sua própria mente; estão num mundo completamente diferente daquele no qual vivemos. Quando levamos algo para o lado pessoal, presumimos que os outros sabem o que está no nosso mundo, aquilo que tentamos impor ao mundo deles.
“Não leve nada para o pessoal, porque ao fazer isso você sofre por nada.”
O terceiro compromisso é: “Não tire conclusões”.
O ser humano tende a tirar conclusões de tudo, pois tem a necessidade de entender o que se passa ao seu redor. Um mundo desordenado, sem sentido, é como um choque ao cérebro humano. Precisamos de ordenação, de seguir padrões de entendimento. Enfim, precisamos dominar a realidade que nos cerca para que possamos usar nossa capacidade intelectual para outras questões. Então, apressadamente, em qualquer situação, tiramos conclusões.
Quando tiramos conclusões manifestamos a nossa vontade de entendimento e cobramos que os outros também tenham a mesma percepção. Não apenas concluímos algo, queremos que os outros concluam a mesma coisa. E quando há um desencontro de percepções, atribuímos ao outro a falta de amizade, amor ou companherismo. Esquecemos que nossas conclusões são apenas resultados de nossas percepções, e que as pessoas não enxergam com os nossos olhos.
“A forma de evitar tirar conclusões é fazer perguntas. Se você não compreende, pergunte. Tenha a coragem de perguntar até que as coisas fiquem tão claras quanto possível, e, mesmo assim, nunca imagine que sabe tudo o que há para saber numa determinada situação. Uma vez ouvida a resposta, não terá de tirar conclusões, porque saberá a verdade.”
O quarto e último compromisso é: “Sempre dê o melhor de si”.
Esse compromisso é a realização prática dos três primeiros compromissos. Com o entendimento pleno dos três compromissos anteriores, dar o melhor de si em todas as situações é praticar o que se aprendeu. Esse compromisso não significa que temos que apresentar sempre os melhores resultados, mas que, independente do resultado, bom ou mal, demos o melhor que podíamos com o que estava disponível naquele momento. O nosso melhor nunca será igual, pois tudo está em constante movimento.
“Não precisamos saber ou provar coisa alguma. Simplesmente ser, assumir o risco e apreciar a vida é tudo o que importa. Diga ‘não’ quando tiver que dizer ‘não’ e ‘sim’ quando tiver que dizer ‘sim’. Você tem o direito de ser você. E só pode ser você quando dá o melhor de si.”
Os Quatro Compromissos – Conclusão
Segundo o autor, a consciência de si é sempre o primeiro passo para trilhar o caminho da liberdade, porque quando não estamos conscientes de nós mesmos, não existe nada para mudar. O livro é um guia de auto ajuda. Dessa forma, o seu amplo entendimento está condicionado à realidade do leitor. Pode ser que esse livro o encontre necessitado de ajuda, então, será um excelente guia.
O tema tratado nesse livro não é inédito. Em verdade, considerando que a cultura Tolteca está envolta em debates que colocam a existência dessa cultura em jogo, é fácil ler esse livro e lembrar-se de outras correntes de pensamento, que se aproximam bastante dos Quatro Compromissos. Em especial a filosofia estoica. Assim, convido-o a ler as resenhas já publicadas aqui, no resumo de livro, e que podem também servir como um guia para a liberdade de pensamento. Meditações, de Marco Aurélio. Sobre a Brevidade da Vida, de Sêneca.
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Até a próxima!