Parmênides
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Parmenides

Título: Parmênides 
Autor: Platão
Páginas: 144

Resumo do livro Parmênides

Dentro das obras platônicas esse diálogo é amplamente considerado como um dos diálogos mais desafiadores e enigmáticos de Platão. Com uma linguagem rebuscada e repleta de diálogos densos, Parmênides pretende ser o relato de um encontro entre três grandes filósofos: Parmênides, Zenão e Sócrates.

Parmênides foi um dos fundadores da ontologia (grosso modo, é ramo da filosofia que se volta para o entendimento do que é o Ser) e influenciou toda a história da filosofia ocidental. Entre seus discípulos está Zenão de Eléia, a quem é creditada a invenção da dialética. E Sócrates aqui era apenas um jovem de 19 anos, mas já demonstrando todo o amor e o empenho em buscar a verdade.

“De forma alguma, teria respondido Sócrates, as coisas que vemos, existem mesmo; admitir ideias para tudo isso, afigura-se-me sobremodo estranho. Porém frequentes vezes me sinto inquieto sobre aceitarmos ou não a conclusão de que o que serve para um caso é válido para todos. Mas, quando chego a esse ponto fujo à toda pressa, de medo de cair nalgum abismo de insensatez e nele perecer.”

Parmênides – História

Ao contrário dos outros diálogos, é Sócrates quem faz a provocação inicial. Ele afirma que uma coisa pode ser semelhante e diferente, a uma ou muitas outras coisas, por participar nas Formas de Semelhança e Diferença, de Unidade e Pluralidade. Diz Sócrates: “Eu sou um homem e, como tal, participo da Forma de Unidade, mas também tenho muitas partes e, a esse respeito, participo da Forma da Pluralidade”.

Nesse ponto, Parmênides assume as rédeas do diálogo e domina as palavras até o final. Aqui, entra um importante ponto: aos que não têm alguma familiaridade com a filosofia de Platão, é difícil entender o que Sócrates entende por Formas. A Teoria das Formas é um dos arcabouços principais de toda a filosofia platônica: Platão diz que as Formas são as essências não físicas de todas as coisas, das quais os objetos e matérias no mundo físico são meramente imitações.

“O Uno, por conseguinte, não está em parte alguma, nem em si mesmo nem no que quer que seja.”

Parmênides, então, contradiz essa Teoria. Para ele todo o nosso conhecimento é tal com respeito ao nosso mundo, não ao mundo das Formas, enquanto o Conhecimento ideal é o conhecimento das coisas não do nosso mundo, mas do mundo das Formas. Portanto, não podemos conhecer as Formas. Além do mais, os deuses que habitam no mundo divino não podem ter conhecimento de nós, e nem pode sua maestria ideal nos governar.

Mas o que confunde mesmo é a discussão sobre o Uno. Existem algumas hipóteses sobre o que é discutido nesse diálogo. A primeira discussão diz que o um não pode ser feito de partes, porque então o um seria feito de muitos. Nem pode ser um todo, porque o todo é feito de partes. Assim, o um não tem partes e não é um todo. Não tem começo, nem meio, nem fim, porque são partes, portanto, é ilimitado. Não tem forma porque não é linear nem circular: um círculo tem partes todas equidistantes do centro, mas um não tem partes nem centro; não é uma linha porque uma linha tem um meio e dois extremos, que um não pode ter. Assim, o um não tem forma. O um não pode estar em nada nem em si mesmo.

“A esse modo, se o Uno é, terá de ser tudo, como também, não será nada, tanto em referência a ele mesmo como às outras coisas.”

A segunda hipótese fala que o um faz parte do ser e vice-versa. O ser é parte do um, o um é um todo que é um grupo de seções. O um não participa do ser, então deve ser uma única parte. O ser é ilimitado e está contido em tudo, por grande ou pequeno que seja. Portanto, como o um é parte do ser, ele é dividido em tantas partes quantas forem, portanto, está inacabado.

E a última, porém não menos confusa parte, diz: se o um não é, participa de tudo diferente dele, então tudo é parcialmente um. Similaridade, dessemelhança, grandeza, igualdade e pequenez pertencem a ele, uma vez que o um é semelhante a si mesmo, mas diferente de tudo o que é, mas pode ser grande ou pequeno no que diz respeito à dissimilaridade e igual no que diz respeito à semelhança. Então o um participa do não-ser e também do ser. Portanto, o um se torna e perece e, como participa do não-ser, permanece.

Parmênides – Conclusão

Parmênides é uma obra para ler várias e várias vezes para tentar, ao menos, compreender parte dessa magnífica entidade chamada Filosofia Platônica.

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Até a próxima!

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