Título: Sejamos Todas Feministas
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 50
Resumo do livro Sejamos Todas Feministas
Chimamanda Adichie é uma escritora nigeriana, autora de romances mundialmente famosos e defensora dos direitos das mulheres. Através de suas palestras e livros, Adichie acredita que a igualdade plena de direitos e deveres entre os gêneros será libertadora não apenas para as mulheres, mas também para os homens. Esse livro é uma adaptação de um discurso que Adichie proferiu no TEDxHuston em 2012.
E o primeiro pensamento que eu tive ao pegar o livro foi: será que eu estou na posição de comentar um livro sobre o feminismo? Até pensei que não, mas ao mesmo tempo eu estava extremamente instigado a ler o livro. O primeiro movimento que fiz, internamente, foi tentar me despir de todo e qualquer tipo de machismo enraizado que pudesse me atrapalhar na leitura. A leitura desse livro me transformou antes mesmo de ler uma simples palavra.
“No entanto, se começarmos a criar nossos filhos de outra maneira, daqui a cinquenta, cem anos eles não serão pressionados a provar sua masculinidade por meio de bens materiais.”
A autora descreve algumas situações cotidianas que mostram como a mulher é subalternizada socialmente, e como essas situações são naturalizadas inclusive pelas mulheres. As mulheres se vestem de uma capa de invisibilidade: suas emoções são secundárias, seus desejos são secundários, sua presença é secundária. Não existem fora dos estereótipos de “esposas”, “donas de casa”, “submissas”, “subalternas”.
Chimamanda mostra como o feminismo, apesar de ser uma ferramenta social importante no combate aos preconceitos, é extremamente mal visto. Ele mesmo sendo carregado de vários estereótipos, apesar de lutar contra os estereótipos. Além disso, a autora revela que vários amigos a alertaram sobre o perigo de ser vista como uma ‘feminista’.
“Seu conselho – disse, balançando a cabeça com ar consternado – era que eu nunca, nunca me intitulasse feminista, já que as feministas são mulheres infelizes que não conseguem arranjar marido.”
Depois da leitura desse livro fiz um trabalho de auto crítica. Me vi sendo machista na juventude e um homem opressor nos primeiros anos de casamento. Mas hoje, depois de acesso a outras informações e acompanhando o desenvolvimento natural da sociedade em relação à abertura com relação aos costumes e aos modos de convivência, e também depois de me tornar pai de duas meninas, eu vejo que muito dos pensamentos machistas que eu tinha quando mais novo eram fruto da minha criação. Já ouvi muitas vezes a frase: “isso é coisa de mulherzinha” para coisas banais, como um simples brinquedo ou brincadeira.
“Recentemente, uma moça foi estuprada por um grupo de homens, na Nigéria, e a reação de vários jovens, de ambos os sexos, foi algo do gênero: ‘Sim, estuprar é errado, mas o que ela estava fazendo no quarto com quatro homens?”
Feminismo não é coisa de ‘sapatão’ (frase que também ouço muito), pensar na igualdade de gênero não faz de você, homem, um ser menor. Ter uma chefe mulher não é sinônimo de inferioridade. Ajudar sua mãe/esposa/avó com os afazeres domésticos não faz de você uma ‘mulherzinha’. Aliás, um conselho de muito valor: se os seus amigos falam frases desse tipo, está na hora de você mudar de amigos. Não há ‘trabalho para homem’, nem tampouco ‘serviços de mulher’, todos somos iguais, todos merecem ser respeitados por aquilo que são, por aquilo que pensam e por aquilo que creem.
Se permita aceitar o lugar da mulher no mundo e o mundo será um lugar melhor!
“A já falecida queniana Wangari Maathai, ganhadora do prêmio Nobel da Paz, se expressou muito bem e em poucas palavras quando disse que quanto mais perto do topo chegamos, menos mulheres encontramos.”
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Até a próxima!