Sherlock Holmes no Japão
Sherlock Holmes no Japão

Sherlock Holmes no Japão

Sherlock no Japão

Título: Sherlock Holmes no Japão
Autor: Vasudev Murthy
Editora: Vestígio
Páginas: 218

Resumo do livro Sherlock Holmes no Japão

Entre o caso “O Problema Final”, onde Conan Doyle ‘matou’ seu maior personagem e “A Casa Vazia”, que marca o retorno de Holmes às histórias, houve um hiato de aproximadamente 3 anos. Recentemente, diversos autores tentaram cobrir esse período com histórias inéditas. Vasudev Murthy conseguiu a permissão da Sociedade Sherlock Holmes de Londres para escrever uma história onde Holmes teria se aventurado na terra do sol nascente, combatendo a temida e histórica Yakuza.

Antes de continuar com a história propriamente cabe um aviso: o criador conhece a sua criatura mais do que ninguém. Na minha opinião nenhum autor conseguirá desvendar Sherlock Holmes por completo da maneira que Conan Doyle o fez. A história é boa, envolvente, mas é nítido que esse Holmes faz parte de um universo paralelo. Vamos à história.

“A carta do Japão, um pouco mais de dois anos depois do caso das Cataratas de Reichenbach, foi uma completa surpresa. A caligrafia era vagamente familiar. Não levei em consideração o aperto no coração e refleti sobre o conteúdo do envelope amarelo, com selos e carimbos desconhecidos. Vi que a carta tinha levado mais de três de meses para chegar da cidade de Yokohoma até mim. Abri o envelope e fiquei perplexo ao ver uma passagem, primeira-classe, de Liverpool para Yokohoma, no navio comercial North Star.”

Sherlock Holmes no Japão – História

Watson ainda vivia o luto pela perda de seu melhor amigo quando recebeu uma passagem para ir até o Japão, por uma solicitação de um estranho não identificado. Durante a viagem, Watson descobriu que essa não seria uma viagem simples e tranquila. Após a parada na cidade de Marselha, Watson descobriu que o seu companheiro de cabine, um senhor japonês, fora brutalmente assassinado a menos de 6 metros dele, enquanto dormia.

Viajando através do Mediterrâneo e atravessando Suez e Áden, Watson descobriu que ele corria um enorme risco, mesmo sem saber direito o motivo desse perigo. Então, para sua surpresa, descobriu que Holmes estava vivo. E que estava disfarçado como um banqueiro americano no mesmo navio. O perigo era iminente e Holmes e Watson abandonaram o navio em Mumbai para despistar o séquito do Professor Moriarty, que também conseguiu sobreviver à queda da Catarata de Reichenbach.

“Suas implicações são tão imensuráveis, que podem interferir no comércio mundial e no equilíbrio geral de poder, tornando uma piada conceitos como “Estado de Direito” e “Estado-nação”. Eles não são instrumentos de poder do Estado – estamos falando sobre a Yakuza querer tomar o controle da economia do mundo. Fui bastante claro?”

O motivo da viagem era a informação que Holmes carregava da complexa rede de tráfico de ópio que unia a famosa Yakuza com o temível Professor Moriarty. Sob a suspeita de que eminentes diplomatas e políticos japoneses ligados ao Imperador estivessem envolvidos nessa rede, Holmes e Watson empreenderam uma verdadeira fuga dos capangas de Moriarty e da Yakuza através do interior da Índia.

Aqui o livro foge à história principal. Sendo indiano, o autor nos mostra paisagens, personagens e a cultura indiana através de cidades como Mumbai e Calcutá. Além disso, antes de aportar no Japão, Holmes e Watson ainda passam por Singapura e Hong Kong.

“Esses dois anos foram árduos, Watson – disse Holmes – Vi muito do mundo e defrontei-me com o comportamento humano mais obtuso e sórdido. Às vezes, fico espantado que a sociedade consiga ao menos funcionar em um nível tolerável, onde pessoas inocentes podem falar sobre as vantagens de uma existência civilizada. O Estado de Direito é a exceção, infelizmente, talvez uma inútil, fútil e frágil tentativa de resistir à esmagadora corrente de necessidades, invejas e consequente violência. O crime é endêmico.”

Sherlock Holmes no Japão – Conclusão

Apesar do clima tenso e perigoso, Holmes conseguiu uma audiência com o Imperador, o que é raro para um ocidental, e mostrou a enorme lista de diplomatas e embaixadores japoneses envolvidos com o tráfico de ópio e com a Yakuza. O livro oscila entre momentos de aventura e de divagações culturais, mas no fim, apresenta um Sherlock Holmes ainda em grande forma intelectual.

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Sherlock Holmes no Japão

Até a próxima!

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