Tempo de Matar
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Tempo de Matar

Título: Tempo de Matar
Autor: John Grisham
Editora: Rocco
Páginas: 574

Resumo do livro Tempo de Matar

John Grisham é um escritor americano com uma vasta obra literária traduzida para mais de 40 idiomas. Seus livros sempre aparecem nas listas dos mais vendidos, nove dos quais já foram adaptados para o cinema. Tempo de Matar foi publicado em 1989, e acompanha de perto um advogado diante de um importante julgamento. Grisham publicou esse livro três anos após se formar em Direito na Universidade do Mississipi.

Tempo de Matar – História

O livro se passa na pequena e pacata cidade rural chamada Clanton, no Estado do Mississipi, no sul dos Estados Unidos. A mansidão da localidade foi quebrada quando a pequena Tonya Hailey, uma menina negra de apenas 10 anos, foi capturada por dois homens brancos. Eles a amarraram e a violentaram repetidas vezes, além de espancarem a menina. Eles tentaram pendurá-la pelo pescoço em uma árvore, mas com o movimento de carros na estrada, eles decidiram largá-la à beira de um lago. Um grupo de pescadores encontrou o corpo da menina e a levou para a casa.

“A menina tinha dez anos e era pequena para sua idade. Estava deitada sobre os cotovelos amarrados atrás das costas com uma corda amarela de náilon. Tinha as pernas grotescamente aberta, o pé direito amarrado a um pequeno carvalho e o outro à estaca tombada de uma velha cerca. A corda cortava seus tornozelos e o sangue escorria pelas pernas.”

Com a polícia ciente do ocorrido, foi fácil achar os dois homens bebendo em um bar e se vangloriando do que haviam feito. Eles foram presos e o processo de acusação por estupro estava sendo instruído. Tonya ainda estava internada em estado grave, mas o pai, Carl Hailey já havia tomado uma decisão que mudaria a vida de toda a família. Ele iria se vingar. Estudou o ambiente do tribunal e na primeira oportunidade fuzilou à queima roupa os dois homens que haviam estuprado e espancado a sua pequena Tonya. Ele foi preso em flagrante e levado à cadeia de Clanton. Carl tinha direito a um advogado, e chamou Jack Brigance para defendê-lo

Brigance era um jovem advogado, casado com Carla e pai de Hanna. Com muitas contas para pagar e com uma certa dose de ambição pelos holofotes, Jack aceitou defender Carl Hailey. Para além da premeditação do crime, e do fato de Carl ter assassinado dois homens dentro de um tribunal, o caso ganhou muita repercussão porque um homem negro havia assassinado dois homens brancos que tinham estuprado sua filha. E isso tudo ocorreu no Estado do Mississipi, historicamente um local racista e berço da temida Ku Klux Klan, um grupo de extremistas brancos que lutavam pela sua supremacia.

“Com disparos rápidos e curtos de sete ou oito balas cada um o som trovejante da M-16 ecoou pelo prédio por uma eternidade. Entre os estampidos e os ruídos das balas batendo nas paredes ouvia-se perfeitamente a risada louca de Carl Hailey.”

Com o caso ganhando cada vez mais notoriedade, foi questão de tempo até que a Klan se organizasse para iniciar as manifestações em favor da condenação de Carl à câmara de gás. De início, a Klan passou a telefonar para a casa de Jack ameaçando ele e sua família caso ele continuasse a defender Carl. Como Jack continuou a ser o advogado de defesa, uma cruz pegando fogo foi instalada no jardim de sua casa. Esse foi o alerta necessário para que Jack tirasse sua esposa e sua filha da cidade, para protegê-los. Ele se manteve firme no propósito de inocentar Carl. A estratégia seria acusá-lo de insanidade.

Ao mesmo tempo, um grupo de religiosos negros também organizou um manifestação em frente ao tribunal em favor da absolvição de Carl. As peças para um confronto estavam no tabuleiro, a temperatura estava subindo, até o momento em que a guerra começou. O lider regional da Klan foi atingido e morreu dias depois no hospital. Entre os negros, dezenas foram feridos. O cenário para algo pior estava pronto. Com as ameaças crescendo, Jack foi obrigado a andar com um segurança o tempo todo. O que não o protegeu de uma tentativa de assassinato. A bala que estava endereçada para Jack acertou um militar que fazia a segurança do local. Jack havia escapado por pouco.

“Agora havia uma Clanton de antes dos crimes e uma Clanton de depois dos crimes, e só depois de muitos meses uma começaria a se parecer com a outra. Uma tragédia sangrenta que durou menos de quinze segundos, transformou a tranquila cidade sulista de oito mil habitantes numa meca de jornalistas, repórteres, equipes de filmagens, fotógrafos, alguns das cidades vizinhas, outros das redes nacionais de notícias.”

Os atentados estavam ficando cada vez mais violentos. O marido da secretária de Jack sofreu um ataque violento e morreu no hospital. A estagiária de Jack, Ellen, que era uma estudante de direito de uma importante universidade no norte, também sofreu um atentado e foi hospitalizada. A tensão nas ruas era um espelho para os acontecimentos dentro do tribunal. Tanto Brigance quanto o promotor tentavam convencer os jurados com suas teses, de defesa e de acusação. As testemunhas eram ouvidas uma após a outra. A história de Carl e suas motivações oscilavam entre o horror e a compaixão.

Ao final do julgamento, cabia aos jurados a manifestação do veredito. Muitos elementos estavam em jogo. Os conceitos de justiça, de vingança, de família, e de racismo e segregação. No fim, prevaleceu a compaixão dos jurados pelo pai Carl Hailey, que matou dois homens que haviam cometido um crime hediondo contra sua filha de 10 anos. Para convencer todos os jurados, uma das juradas pediu a todos que fechassem os olhos e imaginassem que ao invés de uma menina negra, fosse uma branca. E que ao invés de Carl, fosse um homem branco que tivesse matado dois homens negros acusados de violentar uma criança branca. O que valia para um caso, tinha que valer para todos os casos. 

Tempo de Matar – Conclusão

Carl foi inocentado e Jack Brigance finalmente poderia rever sua família e reconstruir sua vida, abalada e em pedaços, após o julgamento. 

A escrita do autor é incrível. O desenvolvimento dos personagens, suas motivações e seus dramas, é um capítulo à parte. A cada momento de tensão, Grisham concatena elementos que, ao invés de levar a história para um desfecho, levam para o aumento das tensões com a inserção de novos elementos à história. O leitor fica preso à história, querendo sempre ler mais uma página para saber como aquela situação será resolvida. Ficamos comovidos pelo drama dos personagens e na torcida para que as coisas terminem bem. Não é sem razão que o autor já vendeu mais de 300 milhões de cópias ao redor do mundo.

Indico o filme, de 1996, A Time to Kill, uma adaptação direta do livro, com Grisham como roterista e produtor.

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Até a próxima!