Título: Waterloo
Autor: Bernard Cornwell
Editora: Record
Páginas: 363
Resumo do livro Waterloo
A história de uma batalha que para sempre marcou a história da humanidade. Este livro é a historia de quatro dias, de 15 a 18 de junho de 1815, três exércitos, Francês, Britânico e Prussiano, e três batalhas, Quatre Bra, Ligny e Waterloo. Esse livro conta o confronto que deteve Napoleão Bonaparte.
“Poucas batalhas têm sido estudadas com tanta atenção, pesquisadas com tanta abrangência ou motivados escritos com tanta frequência, mas ainda há mistérios.”
Napoleão estava exilado na ilha de Elba, entre a Córsega e a Itália, tramando seu retorno à França em 1814, quando um sorte de acontecimentos precipitou a volta do Grande Imperador. Ao mesmo tempo, em Viena, os plenipotenciários dos aliados vencedores da última guerra discutiam um acordo de paz cada vez mais distante.
Consciente de que seu retorno traria novamente a guerra, Napoleão nem bem chegou e iniciou os preparativos para uma movimentação de defesa. Organizou, treinou e armou um grande exército, e se posicionou em sua fronteira norte, com a recém formada província da Bélgica. Do outro lado, estavam os exércitos da Prússia, liderado pelo marechal Blücher, posicionado à leste; e o exército britânico comandado pelo Duque de Wellington, posicionado à oeste. E no centro desses homens uma vila humilde cercada por vales com plantações de centeio, chamada Waterloo.
“O sangue escorria deles em riachos. A lama era formada por ossos e carne esmagados”
O autor vai criando um clima de suspense mostrando o que poderíamos chamar de bastidores, ou histórias não contadas, como um baile que aconteceu exatamente no dia da invasão de Napoleão e que fez Wellington se atrasar 24 horas. Ou sobre o General Grouchy que não entendeu as ordens de Napoleão e tirou 33 mil soldados franceses do campo de batalha.
Uma batalha de gênios militares. De um lado o sempre presente Wellington, que montado em seu cavalo Copenhaguem sempre estava na linha de frente com seu sangue frio e sua frieza, elevando o moral de seus soldados. E o Marechal Prussiano Blücher, um experiente soldado de 74 anos que tinha o apelido de “marechal avante”, pois sempre ia em frente. E do outro lado simplesmente Napoleão Bonaparte, o Imperador. Dono de uma legião de fanáticos que estavam dispostos a lutar e morrer por ele. Apesar de estar longe de ser o mesmo dos anos anteriores, ainda era um gênio. Napoleão sozinho correspondia a 40 mil soldados, tamanha a sua força de espírito.
As batalhas são descritas como um grande jogo de pedra, papel e tesoura, entre cavalaria, artilharia e infantaria, onde cada lado não sabe o que esperar do outro. As formações da batalha, em coluna, linha ou quadrado, bem como as funções de cada regimento ou batalhão é descrita de forma primordial. O leitor sente o cheiro da pólvora quando as peças de artilharia cospem suas bolas da morte; sentem a lama na cara quando a cavalaria e seus gigantes com peitos de aço passam bradando suas espadas, e sentem o gosto do sangue quando as infantarias avançam com baionetas caladas aos sons de tambores, cornetas e gritos de “Hurra” e “Vive l’Empereur“, ou quando uma salva de mosquetaria ressoa pelos campos da Bélgica.
“E agora afirmo-lhe que Wellington é um general ruim, que os ingleses são soldados ruins e que esse caso estará encerrado antes do almoço!”
Bernard Cornwell surpreende o leitor com um livro excepcional. Uma leitura fluida, e a riqueza de relatos e detalhes dos confrontos abrilhantam ainda mais a obra. Os mapas auxiliam muito e transformam a leitura, levando o leitor a sentir os campos e vales de Waterloo. Um livro magistral. Mais que recomendado.
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Até a próxima!