Ditos e feitos memoráveis de Sócrates
Ditos e feitos memoráveis de Sócrates

Ditos e feitos memoráveis de Sócrates

TítuloDitos e feitos memoráveis de Sócrates

Autor: Xenofonte

Editora: Edipro

Páginas: 227

Resumo do livro Ditos e feitos memoráveis de Sócrates

Xenofonte foi um militar e historiador grego, discípulo de Sócrates. Ele é famoso por ter escrito sobre a vida de Sócrates, comprovando a existência do filósofo para além da obra de Platão. O mérito desse livro não é tanto pelo seu valor biográfico, mas por seu cunho testemunhal e seu caráter de depoimento realizado por um homem que, não sendo nem filósofo nem um orador que prezasse Sócrates, como Platão, ou que com ele rivalizasse, como os sofistas, nos proporciona uma opinião peculiar e espontânea a respeito de um dos personagens mais emblemáticos da história ocidental.

Ditos e feitos memoráveis de Sócrates – História

Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates é essencialmente uma defesa da figura moral e intelectual de Sócrates, feita por Xenofonte. Ele tenta mostrar que Sócrates era um homem justo, piedoso e benéfico para a juventude — o oposto do que afirmavam seus acusadores. Xenofonte afirma que Sócrates não era culpado das acusações de impiedade e corrupção da juventude. Pelo contrário, ele respeitava os deuses e incentivava os outros a fazerem o mesmo. E ensinava que a virtude era mais importante que a riqueza ou o poder.

Xenofonte quer mostrar que Sócrates era um modelo de cidadão, não uma ameaça à cidade. O autor conta que presenciou Sócrates conversando com jovens sobre como viver bem, com moderação e justiça. Ensinando que o autodomínio é essencial para a vida virtuosa, e incentivando o exame constante da alma e das ações — um tema que também aparece em Platão.

“É certo que ele nunca professou ser um mestre no ensino da virtude, mas ao deixar sua própria luz brilhar levava seus discípulos a ter a expectativa de atingir tal excelência.”

Com a ideia central de que a liberdade verdadeira vem do autodomínio, não da busca desenfreada por prazeres, Sócrates argumenta que o prazer não deve ser o objetivo da vida, pois a virtude exige esforço e domínio de si. Sócrates defende que o verdadeiro bem está em ser capaz de governar a si mesmo.

Em um dos trechos mais longos do livro e mais ricos de ensinamentos, Sócrates tenta ajudar Eutidemo, um jovem ambicioso, a entender o que é ser um bom cidadão. Ele mostra que não basta querer o bem — é preciso saber o que é o bem e agir com sabedoria. Sócrates conduz Eutidemo a perceber sua ignorância e a necessidade de aprender.

“Nenhuma coisa boa e bela é dada aos ser humano pelos deuses gratuitamente, isto é, sem o trabalho árduo e o esforço por parte do ser humano.”

Quando o assunto é justiça e liderança, o Sócrates de Xenofonte destaca que um bom líder deve conhecer seus homens, ser justo e dar o exemplo. E que a liderança é vista como uma responsabilidade moral, não apenas uma posição de poder. Para Sócrates, a justiça é a base da autoridade legítima. Assim, ninguém pode governar bem sem ser justo.

Ele mostra que a justiça é o que sustenta a confiança e a obediência dos governados. E a injustiça, por outro lado, leva à desordem e à ruína. Então, ser um bom governante exige competência e sabedoria, não apenas ambição. A política, para Sócrates, é um serviço à cidade, não um meio de glória pessoal.

Ditos e feitos memoráveis de Sócrates – Conclusão

Finalmente, Sócrates é mostrado como alguém que respeita os deuses e os rituais tradicionais, mas também pensa sobre a religião de forma racional. Ele acredita que os deuses se preocupam com os humanos e que a piedade deve vir acompanhada de razão. Sócrates insiste na importância de “conhecer a si mesmo”, afirmando que a filosofia é um exercício de autoaperfeiçoamento constante.

O livro termina reforçando a imagem de Sócrates como educador moral e exemplo de vida. Ele não apenas falava sobre virtude — ele vivia de forma virtuosa. Xenofonte conclui que ninguém foi mais útil aos seus amigos do que Sócrates. Um verdadeiro ideal do filósofo prático — alguém que ensina pelo exemplo. Xenofonte encerra a obra com uma exaltação da vida de Sócrates como modelo de excelência humana.

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