A Ilha do Dr. Moreau
A Ilha do Dr. Moreau

A Ilha do Dr. Moreau

A Ilha do Dr. Moreau

Título: A Ilha do Dr. Moreau
Autor: H. G. Wells
Editora: Alfaguara
Páginas: 172

Resumo do livro A Ilha do Dr. Moreau

Sensacional é um excelente adjetivo para essa história. Escritor de outros livros fantásticos, entre eles A Máquina do Tempo e Guerra dos Mundos, H. G. Wells alia, neste livro, dois gêneros: ficção científica e romance de aventura. Em uma época onde livros com este estilo faziam sucesso, A Ilha do Dr. Moreau mostra o otimismo e a euforia do colonialismo europeu através de mares e terras distantes e exóticas, mas também mostra o lado sombrio dos avanços da medicina da época. A história é contada em primeira pessoa por Edward Prendick, um mero passageiro do navio Lady Vain que naufragou na costa Pacífica da América do Sul e que onze meses depois foi encontrado à deriva nos restos de uma outra embarcação, bem próximo do local de seu sumiço.

A Ilha do Dr. Moreau – História

Prendick ficou à deriva em um bote do Lady Vain com mais dois sobreviventes, mas com o passar do tempo e a escassez dos recursos sua vida ficou por um fio. Milagrosamente, Prendick foi resgatado pelo barco Ipecacuanha que levava uma estranha tripulação. Wells nos presenteia com um início envolvente, que prende o leitor à história.

“Lembro que minha cabeça balançava de um lado para outro ao sabor das ondas, e o horizonte onde se destacava aquela vela parecia subir e descer; mas também lembro com a mesma clareza que eu tinha a impressão de estar morto, e achava graça na ironia de que eles estivessem vindo em meu socorro e que por um atraso tão pequeno não conseguissem encontrar meu corpo com vida.”

No barco que o resgatou, Prendick logo conheceu Montgomery, um homem letrado de Londres que por uma infelicidade do destino tinha encontrado o Dr. Moreau, e havia 10 anos que ele não mais conseguia se libertar. Também viu alguns animais, como lobos, lhamas e uma onça, o que aumentou sua curiosidade. Contudo, o capitão do barco, que vivia bêbado e de mau humor, logo se insultou com toda a sujeira que os animais faziam e obrigou Montgomery e seu sinistro ajudante, Prendick, e todos os animais a desembarcarem ao primeiro sinal de terra firme. Por sorte, ou azar de Prendick, a ilha avistada era o destino de Montgomery e dos animais: a ilha do Dr. Moreau.

“Era uma ilha plana, coberta de espessa vegetação, principalmente por uma espécie de palmeira. De um ponto remoto erguia-se uma coluna de vapor, elevando-se diagonalmente até uma enorme altura, onde se esgarçava como uma pena de pássaro, até se dissipar ao vento.”

Ao chegar à ilha, a principal curiosidade de Prendick estava voltada para seus habitantes. De longe pareciam muito estranhos, com os membros inferiores menores em proporção ao corpo, com o queixo proeminente, mais pêlos que o normal e um andar desajeitado. Tudo isso deixou Prendick instigado. A única construção da ilha era o laboratório do Dr. Moreau, e Prendick logo descobriu porque ele tinha escolhido uma ilha remota no Pacífico como casa e laboratório.

O que o Dr. Moreau fazia era a vivissecção dos animais. Ou seja, ele dissecava os animais vivos com o objetivo de realizar estudos de natureza anatomo-fisiológica. Ele transformava os animais em seres próximos aos humanos, além disso Moreau educava e instruía seus monstros a falar, andar sob duas pernas e respeitar seu criador. O horror de Prendick foi latente. Ele ficou horrorizado com a dor gratuita que Moreau infligia aos animais pelo simples prazer de ver suas ideias criadoras em ação. Lembrou dos seres na praia quando ele chegou e do ajudante de Montgomery e concluiu que estava em grande perigo.

“Avistei uma pia manchada de sangue, sangue escuro e coagulado, bem como sangue fresco e de um vermelho vívido, e senti o cheiro peculiar do ácido carbólico. Então, através de um pórtico que dava para outro aposento, vi um vulto fortemente amarrado a uma estrutura de madeira, um corpo ferido, vermelho, coberto de bandagens.”

Prendick tentou fugir, mas acabou caindo no meio de um covil com os monstros de Moreau. Incrivelmente eles falavam e entendiam o que Prendick falava. Mas logo descobriu que alguns seres já mostravam que os sinais animalescos começavam a novamente se tornar primários e que isso poderia trazer muitos problemas para ele. E diante de uma tentativa de Moreau de controlar, através do medo, as suas criaturas, uma revolta aconteceu.

Ao se ver sozinho com os monstros, já que Moreau e Montgomery haviam morrido em combate, Prendick conseguiu se isolar em uma parte das ruínas do antigo laboratório de Moreau com um dos animais humanizados: o homem-cão. Porém, pouco a pouco Prendick acompanhou o retorno daqueles semi-humanos em animais, se viu afastado da humanidade e flertou com a loucura. A sua única esperança era o retorno da escuna Ipecacuanha.

“Por cinco vezes avistei velas, e por três vezes vi fumaça, mas nunca alguém se aproximou da ilha. Eu tinha sempre uma fogueira pronta, que era acessa nessas ocasiões, mas sem dúvida a reputação vulcânica da ilha serviria como explicação para quem avistasse a coluna de fumo.”

A Ilha do Dr. Moreau  Conclusão

Finalmente Prendick avistou uma vela que se aproximava da ilha de forma estranha. Descobriu que os dois passageiros estavam mortos. Encheu o pequeno barco de mantimentos e nunca mais ouviu falar daquela ilha amaldiçoada. Ao retornar para a civilização, Prendick descobriu que os horrores da ilha do Dr. Moreau jamais o abandonariam e todas as vezes que um ser humano se aproximava dele, Prendick esperava que o lado animalesco brotasse a qualquer momento. Se isolou novamente e nunca contou sua história para ninguém.

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