Leonardo da Vinci
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TítuloLeonardo da Vinci 
Autor: Sophie Chauveau
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 171

Resumo do livro Leonardo da Vinci

Como tomar a medida de um gênio? Como tentar entender a mente de um homem que viveu à frente de seu tempo? Essas perguntas dificilmente encontrarão respostas quando se pensa nos grandes nomes da humanidade e é ainda mais difícil de responder quando falamos de Leonardo da Vinci. Filho do Quattrocento, época de grande revolução cultural e artística na Itália, Leonardo nasceu no berço de uma família humilde, provavelmente um bastardo, e educado para o que época tinha de melhor: negócios.

Leonardo da Vinci – História

Quando o jovem Leonardo chegou à Florença, capital cultural da Itália e do mundo, para terminar seus estudos básicos, descobriu que precisava trabalhar para se sustentar. Como gostava de desenhar tudo o que estava ao seu redor, logo foi apresentado ao seu primeiro mestre: Verrocchio. Com o mestre aprendeu as principais técnicas de desenho e pintura que iria desenvolver e aprimorar ao longo de toda a sua vida. Mas em Florença também surgiram os primeiros problemas.

“Leonardo da Vinci não terá e nunca desejará ter filhos. Nos seus cadernos, declara abertamente seu horror às mulheres parturientes, a essas maternidades obscenas, excessivas, assassinas. O sexo feminino parece um sorvedouro nos seus desenhos pretensamente anatômicos.”

Segundo os estudos da autora, e de outros biógrafos, Leonardo possuía tendências homossexuais. Existem duas denúncias por sodomia contra Leonardo datadas de sua primeira passagem por Florença. Verídicas ou não, o fato é que Leonardo jamais teve experiências amorosas. Sempre cercado de seus ajudantes e pupilos, alguns pelos quais nutria um sentimento que beirava ao paternalismo, Leonardo desenvolveu ao longo de sua vida uma espécie de fascínio pelo andrógino, pelo ser perfeito, nem homem nem mulher. Um ser que possuía o que havia de melhor nos dois.

Sempre envolvido com a alta cúpula do poder Florentino, Leonardo rapidamente se tornou um dos artistas principais do governo. Aqui, é importante ressaltar dois traços marcantes da vida de Leonardo: o primeiro é que a proximidade com o governo, em uma época onde a Itália era uma colcha de retalhos de pequenos Estados independentes e sofria constantemente com invasões de outros reinos, fez Leonardo perder a confiança nos superiores, quando em todas as trocas de governo ele era taxado de traidor ou espião. Além disso, outra característica marcante de Leonardo se tornou latente: ele não terminava suas obras. Inúmeros trabalhos encomendados, e muitas vezes até pagos, ficavam inacabados. Seria o retrato da mente de um artista que sempre buscava algo novo?

“Corpo de efebo esguio. E, o que é notável na época, uma altura gigantesca: mais de um metro e noventa. Quanto à voz, é bela, com certeza, mas terrivelmente alta. Até mesmo super aguda. E ele a utiliza como um instrumento magistralmente trabalhado. Sua gentileza é legendária; seu humor, irradiante. Sociável e bom companheiro, conquista na confraria dos pintores, artistas e artesãos –  assim são classificados os florentinos – uma sólida reputação de bon vivant.”

Leonardo pintou em diversos lugares, Florença, Veneza, Milão e na França. Sempre patrocinado pelo governante, tirava proveito no auge e sofria injúrias na queda, mas sempre teve em seu auxílio o poder de deslumbrar através de sua pintura. Quando pintou a Santa Ceia na parede de um convento, a cidade inteira fez fila para admirar algo até então nunca visto, de uma beleza e de uma riqueza de detalhes únicos. E olha que estamos falando de uma época onde Michelangelo e Rafael estavam também no auge de suas carreiras.

Um dos possíveis motivos que fez com Leonardo não entregasse parte de suas obras a tempo é a intensa curiosidade que ele tinha. Curiosidade por tudo o que o cercava, do corpo humano aos animais, do funcionamento de uma engrenagem até o estudo sobre o voo. Tudo chamava a atenção de Leonardo. Tudo ele queria saber e todas as suas descobertas foram documentadas. São estudos impressionantes sobre matemática, óptica, refração, anatomia, botânica, máquinas, armas, engenharia voltada para a guerra, para a paz, para trazer água, para escoar água, etc. A curiosidade foi o motor de sua genialidade, até o fim da vida.

“Insultado publicamente por um Michelangelo dos mais rabugentos, Leonardo apenas anota no caderno: ‘A paciência contras as injúrias tem a mesma função que as roupas contra o frio; à medida que o frio aumenta, deves te cobrir com um maior número de roupas.'”

Leonardo da Vinci – Conclusão

Leonardo da Vinci não se encerra em si mesmo. Foi, está sendo e sempre será objeto de estudo quando o assunto é genialidade. Nunca haverá a palavra final quando se trata de tentar entender de que forma um homem do início dos 1500 possa ter pensado no tanque de guerra, no helicóptero, nas formas anatômicas perfeitas, nas técnicas de pintura que perduram até hoje. Nunca se achará a resposta para o sorriso da Gioconda, tampouco para a disposição dos apóstolos da Santa Ceia.

Esse livro traz uma luz sobre a vida do homem e do artista Leonardo. Mostra que apesar da genialidade, Leonardo era um homem inserido em seu tempo, com recompensas e com prejuízos, com genialidade e com problemas. Mas, acima de tudo, um homem. Um livro sobre um gênio e inúmeras lições para uma vida inteira.

“Por sorte, ele nunca se afastou daquilo que poucos biógrafos testemunham, mas que prolifera nos Cadernos: uma ironia constante e uma gigantesca curiosidade, um espírito brincalhão e como que indiferente a tudo. Leonardo é um questionador ambicioso.”

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Leonardo da Vinci 

Até a próxima!