No Bunker de Hitler
No Bunker de Hitler

No Bunker de Hitler

No bunker de hitler

TítuloNo Bunker de Hitler
Autor: Joachim Fest
Editora: Objetiva
Páginas: 143

Resumo do livro No Bunker de Hitler

Esse livro trata dos últimos dias de Adolf Hitler. Mais precisamente o que supostamente ocorreu no bunker, embaixo da Chancelaria do Reich, onde Hitler e seu séquito mais íntimo passou os últimos dias do Reich que deveria durar mil anos. O autor conta, no início do livro, da dificuldade de encontrar fontes e testemunhas fidedignas dos acontecimentos. Os documentos, quando não se perderam, foram enviados para Moscou e ficaram presos até pouco tempo. As testemunhas, as que conseguiram sobreviver, foram também enviadas para Moscou ou apresentavam versões que conflitavam entre si.

Apesar dessa dificuldade, Joachim Fest consegue nos dar uma real noção do ambiente sufocante e opressor do bunker construído a mando de Hitler, a 10 metros abaixo da Chancelaria, e que além de servir como abrigo diante dos massivos ataques russos à capital, também serviu como mausoléu para muitos dos seguidores de um dos piores regimes ditatoriais da história da humanidade.

“Hitler passou aqueles meses finais da guerra no bunker que ele havia mandado construir no início da década de 1940. Dali, de uma profundidade de quase 10 metros, ele comandava exércitos há muito abatidos e ordenava batalhas decisivas que jamais seriam travadas.”

Um traço importante do relato é o perfil do ditador. Segundo a maioria das testemunhas, nas duas semanas anteriores à sua morte, Adolf Hitler em nada parecia com o ditador enérgico e saudável de outrora. Andava curvado, próximo às paredes, com o uniforme e o cabelo em desalinho, com olheiras profundas e a boca suja de bolo. Mal conseguia segurar a tremedeira que havia acometido todo o seu lado esquerdo.

Em suas conferências com os generais da linha de frente, que dia após dia se aproximava de Berlim, Hitler delirava sobre exércitos inexistentes e forças de reserva fictícias que viriam ao seu resgate e libertariam a capital do Reich. Dentro de sua loucura, a destruição de Berlim se prestava ao seu objetivo de construir sobre essas ruínas a maior e mais opulenta cidade do mundo contemporâneo. Nem mesmo os mais íntimos generais eram capazes de trazer ao ditador a realidade nua e crua que se acercava.

“Parecia que o próprio Hitler era o mais afetado pelo cotidiano numa caverna a 10 metros de profundidade. Tudo, nele, tornara-se ainda mais patente: sua pele, que já era viscosa havia anos, as feições ultimamente intumescidas, e as bolsas escuras e inchadas sob os olhos. Bastante curvado e com movimentos estranhamente oscilantes, ele andava muito próximo às paredes do bunker, como se procurasse apoio.”

Quando a consciência do fim se apoderou do Fuhrer, a decisão de ficar e sucumbir junto com a cidade foi tomada diante de inúmeros pedidos para que Hitler fugisse. Apesar do clima de desespero, muitos foram aqueles que ficaram até o final. Suas secretárias mais próximas, sua conzinheira, alguns militares de baixa patente, o chefe do partido, Martin Bormman, e o ministro da propaganda Joseph Goebbels junto com sua esposa Magda e os seus seis filhos. Além de sua companheira, Eva Braum, com quem se casou em cerimônia particular realizada em seus aposentos no bunker em 29 de abril de 1945.

Com a decisão de suicídio tomada, em 30 de abril de 1945, Hitler e Eva se recolheram e um tiro foi ouvido. Seguindo as ordens expressas do Fuhrer, ajudantes recolheram os corpos e os queimaram no jardim destruido da Chancelaria com uma quantidade enorme de gasolina. Seguiu-se o suicídio de vários ocupantes do bunker, entre eles Goebbels e toda a sua família. Os que ainda estavam vivos resolveram fugir pelos túneis do metrô para fugir dos russos que se encontravam a apenas 2 quadras de distância.

“Num rompante jamais testemunhado por qualquer um dos presentes, Hitler pulou de sua poltrona, atirou sobre a mesa, com um movimento encolerizado, os lápis de cor que sempre mantinha consigo durante os informes e começou a gritar. A sua voz débil e sem vida das últimas semanas recobrou, mais uma vez, algo da sua força original. Procurando palavras de protesto generalizado contra o mundo, a covardia, a infâmia e a infidelidade que havia por todos os lados. Ele injuriou os generais e a contínua resistência com a qual sempre fora confrontado; há anos estaria rodeado de traidores e perdedores.”

No dia 2 de maio de 1945, os primeiros a chegar ao bunker foram os russos, preocupados em encontrar bebidas e mulheres para saciar os seus piores desejos. Muitos dos fugitivos do bunker morreram na tentativa de fuga, outros tiveram mais sorte e conseguiram sobreviver. Berlim se tornou uma cidade arrasada, os últimos combatentes nazistas cometiam suicídio ou eram feitos prisioneiros, mulheres de todas as idades eram violentadas diariamente, o povo alemão iniciava um dos piores momentos de sua história.

Uma das personagens desses acontecimentos que sobreviveu foi a secretária de Hitler, Traudl Junge, que com seu relato ajudou o autor no desenvolvimento desse livro e colaborou para a produção do excelente filme que foi feito baseado nesse livro: Der Untergang.

Livro incrível e impactante.

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No Bunker de Hitler

Até a próxima!