O Tratado de Versalhes
O Tratado de Versalhes

O Tratado de Versalhes

Tratado de Versalhes

Título: O Tratado de Versalhes
Autor: Jean-Jacques Becker
Editora: UNESP
Páginas: 224

Resumo do livro O Tratado de Versalhes

Para cada gênero literário existe um leitor aficcionado. E nada enche mais os olhos de quem gosta de História do que uma obra como essa: um livro que descreve os acontecimentos como eles ocorreram, que consegue mostrar ao leitor algo que ele não sabia. A Primeira Guerra Mundial foi um conflito mundial envolvendo, principalmente, países europeus. No livro: A Primeira Guerra Mundial, eu conto mais sobre as origens desse conflito através da resenha de outro livro. Estima-se que 20 milhões de pessoas perderam a vida nos campos de batalha. 

O Tratado de Versalhes – História

Após o término da Guerra, os países vencedores se reuniram para aplicar punições e sanções aos vencidos, principalmente à Alemanha. Elaboraram então o Tratado de Versalhes. Mas este teve uma péssima reputação, pois até hoje o Tratado é considerado o precursor da Segunda Guerra Mundial, além de responsável pelo aparecimento do nazismo na Alemanha e do Fascismo na Itália. Isso é verdade? Poderia ter sido de outro modo? É o que o livro tenta explicar.

“Dessa paz imposta surgirão novo ódio entre os povos e novos crimes ao longo da história”

O Tratado de Versalhes foi uma conferência de vencedores. Um dos principais aspectos do pós-guerra foi a total marginalização dos vencidos. Grã-Bretanha, França e Estados Unidos, através de Lloyd George, Clemenceau e Woodrow Wilson, respectivamente, foram os principais autores não apenas do Tratado de Paz, mas de todos os movimentos no pós-guerra, que incluem a criação da Liga das Nações (ou Sociedade das Nações) que se tornou a ideia original da futura ONU.

Não apenas os territórios estavam em jogo, suas populações também foram envolvidas sob o princípio do direito dos povos à autodeterminação. Dessa forma, ao se decidir sobre a partilha do Império Austro-Húngaro, do Império Otomano e das conquistas alemãs, levou-se em consideração a história e a etnia dos povos que aí viviam. Plebiscitos foram organizados para minimizar os danos étnicos, sem prejudicar o lado político e econômico dos aliados. Vale mencionar que o livro é uma aula de geografia europeia, pois todas as disputas territoriais são detalhadas.

“Era evidente que esse tratado continha o começo de novos conflitos”

As discussões sobre os itens do Tratado foram acaloradas por conta da personalidade dos três grandes plenipotenciários, que divergiam tanto quanto às sanções que seriam impostas quanto às disputas territoriais. A Alemanha inicialmente se recusou a assinar o Tratado, mas com a pressão interna e externa finalmente em 28 de junho de 1919 aceitou os termos, exatos cinco anos da morte do Arquiduque Sérvio Franz Ferdinand. Outros Tratados foram feitos em separado com os aliados alemães: austríacos, húngaros, sérvios, búlgaros e turcos.

“O banimento da Alemanha das nações resultou também em uma série de medidas econômicas, coloniais, militares, navais, e cada uma delas feria plenamente o espírito alemão.”

O resultado da assinatura do Tratado de Versalhes é conhecido: na Alemanha, as repressões violentas impostas, aliado às sanções econômicas e militares, criaram o cenário perfeito para o surgimento de um nacionalismo exacerbado, onde uma propaganda odiosa e o culto a um grande salvador levou milhões de pessoas à morte.

Na Itália, a falta de habilidade do governo em conseguir os territórios pretendidos e o papel secundário assumido na elaboração do Tratado de Versalhes, levou os italianos a acreditarem em um político habilidoso que também apelava para os sentimentos nacionais, e já em 1919 Benito Mussolini assumia o governo italiano. Na Rússia, a Revolução Bolchevique trouxe tanto medo aos países ocidentais que foi deixada de lado para resolver seus próprios problemas, e um cordão sanitário, que ia da Finlândia à Romênia, foi criado para separar a civilidade da barbárie.

O Tratado de Versalhes – Conclusão

O Tratado de Versalhes pode ser considerado o precursor da Segunda Guerra Mundial? Em um certo aspecto: sim. Mas ele poderia ter sido feito de forma diferente? Diante das circunstâncias: não. O que houve foi um julgamento sem o réu. A Alemanha não pôde se defender, e talvez nem deveria. O jogo de cartas marcadas não poderia ter outro desfecho.

Livro excelente.

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Até a próxima!