O Carrasco de Hitler
O Carrasco de Hitler

O Carrasco de Hitler

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TítuloO Carrasco de Hitler
Autor: Robert Gerwarth
Editora: Cultrix
Páginas: 651

Resumo do livro O Carrasco de Hitler

O estudo biográfico de grande nomes da história nos proporciona um estudo mais profundo sobre o ser humano. Acompanhar o pensamento e as ações de alguns personagens nos dá o vislumbre de uma época. E não é diferente com esse livro que repassa a vida de um dos mais sádicos e mortais arquitetos do terror nazista: Reinhard Heydrich. Ele foi responsável pela morte direta ou indireta de centenas de milhares de pessoas: judeus em sua maioria, ciganos e adversários políticos.

O livro faz um apanhado da vida de Heydrich desde antes de seu nascimento. Percebemos que sua família era abastada e seu pai era um importante músico local. Heydrich foi criado dentro de uma família de classe média alta com boa educação. E sua vida estava bem encaminhada como futuro dono do reformatório de música da família até a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

“De 1919 em diante – primeiro em Halle depois na marinha e finalmente na SS – Heydrich foi cercado por um ambiente político em que a disposição de usar a violência contra uma série de inimigos tornava-se, cada vez mais, um denominador comum.”

O mundo pós-guerra é de vital importância para entendermos não apenas Reinhard Heydrich, mas muitos outros personagens da Segunda Guerra e o ambiente que proporcionou o holocausto que estava por vir. A fome, o desemprego e a convulsão política na Alemanha dos anos 1920, agravada pela crise de 1929, embrionou os pensamentos mais radicais e criou os personagens mais sanguinários da história da humanidade.

O alemão médio foi sendo ensinado que a sobrevivência de seu país, e numa escala reduzida a sobrevivência de si próprio, era uma eterna luta de vida ou morte contra inimigos reais: comunismo, monarquismo, capitalismo e o judaísmo. Os inimigos foram sendo mapeados, nomeados e apontados. Cabia ao povo alemão escolher a forma de combatê-los, precisando para isso de um ‘salvador da pátria’.

“Como chefe do vasto aparelho de polícia política e criminal, que se fundiu com o poderoso serviço de inteligência da SS, formando o Escritório Central de Segurança do Reich (RSHA) em 1939, Heydrich comandou um considerável exército espião de oficias da Gestapo e do SD diretamente responsável pelo terror nazista doméstico e nos territórios ocupados,”

Foi nesse momento da história que Heydrich, que havia sido expulso da Marinha por má conduta diante do tribunal militar, conheceu Lina, sua futura esposa. Em busca de algum emprego para poder sustentar sua futura esposa, Heydrich foi apresentado à SS (Schutzstaffel – tropa paramilitar de elite). É importante salientar que Heydrich, até esse momento, era uma pessoa apolítica, sendo incluído nos círculos do partido nazista pela influência da família de sua esposa que era extremamente partidária dos ideais nazistas.

Sendo um homem extremamente disciplinado e competente em tudo o que fazia, logo Heydrich se enquadrou no estereótipo perfeito do soldado ideal da SS. Louro, alto, de olhos azuis, com ascendência ariana pura, esportista, religioso, casado com outra ariana e pai, Heydrich se encaixava perfeitamente nos requisitos nazistas e Himmler logo viu nele o elemento que faltava para por em prática seus planos mais diabólicos.

“Nunca foi um homem de ideias – não era um visionário distópico como Hitler ou Himmler – mas foi um organizador de terror extremamente talentoso, que combinava uma rara percepção da fraqueza humana com a capacidade de se cercar de uma equipe técnica e administrativa muito capaz.”

Após o início da guerra em 1939, Heydrich colocou em prática seus planos para a germanização da Europa e o expurgo de todos os elementos indesejáveis do Reich para colônias no Leste. Comandando um verdadeiro grupo de assassinos, Heydrich estendeu o terror por todos os territórios ocupados pelos nazistas na Europa. A princípio com expulsões, mas logo partindo para execuções sumárias e assassinatos em massa, o aparelho de morte criado por Heydrich culminou, após a sua morte, com as câmaras de gás nos campos de concentração.

Heydrich foi assassinado no protetorado da Boêmia e Morávia (atual República Tcheca) por dois paraquedistas tchecos que efetuaram um atentado contra o carro que ele utilizava para ir de sua casa para o seu local de trabalho. Para punir o povo tcheco pelo atentado, a cidade de Lídice foi queimada e todos os seus habitantes foram mortos. A escalada do mal dos nazistas ficou longe de terminar com a morte Heydrich.

Indico o filme Hangmen Also Die!, de 1943, baseado no atentado contra Heydrich ocorrido em 1942.

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O Carrasco de Hitler

Até a próxima!