Título: O Homem que Calculava
Autor: Malba Tahan
Editora: José Olympyo
Páginas: 299
Resumo do livro O Homem que Calculava
“O Homem que Calculava” é uma obra fascinante do escritor brasileiro Malba Tahan, pseudônimo de Júlio César de Mello e Souza. Publicado em 1938, o livro é uma mistura envolvente de narrativa e matemática, que leva os leitores a uma jornada pelo mundo oriental por meio das peripécias do protagonista Beremiz Samir.
O Homem que Calculava – História
Beremiz Samir era um homem persa que desde muito cedo aprendeu a lidar com os números. A sua primeira experiência com a matemática foi contando um rebanho de ovelhas. Como tinha que fazer essa contagem todos os dias e tinha muito medo de perder alguma e ser punido pelo dono do rebanho, Samir adquiriu a capacidade de conseguir contar grandes quantidades de animais. Começou com ovelhas, mas logo já conseguia contar os pássaros no céu. O narrador do livro encontrou com Beremiz no meio de um caminho árido, e foi com ele para Bagdá.
Chegando à Bagdá, na época em que os califas governavam com esplendor, Beremiz foi convidado a solucionar enigmas e desafios matemáticos que desafiavam a lógica comum. Ao resolver esses problemas e palestrar sobre a história de inúmeros outros problemas matemáticos, Beremiz foi se tornando uma das pessoas mais importantes de Bagdá.
“Formulava, às vezes, sobre os acontecimentos mais banais da vida, comparações inesperadas que denotavam grande agudeza de espírito e raro talento matemático. Sabia, também, contar histórias e narrar episódios que muito ilustravam suas palestras, já de si atraentes e curiosas.”
O personagem principal ganhou notoriedade por sua destreza em resolver problemas complexos usando apenas o raciocínio lógico e suas habilidades matemáticas extraordinárias. Beremiz estava sempre acompanhado por seu amigo, Hanak Tade Maia, que serviu como interlocutor nas situações narradas, e juntos enfrentaram inúmeros desafios que testaram não apenas suas habilidades matemáticas, mas também sua sagacidade e astúcia.
A narrativa é enriquecida por uma série de episódios que envolveram Beremiz em situações intrigantes, desde a resolução de problemas aritméticos até a aplicação de conceitos geométricos em contextos práticos. Cada capítulo apresenta um novo desafio, muitas vezes proposto por personagens secundários, que buscavam explorar e demonstrar a maestria do “homem que calculava”. Ao longo da história, Beremiz viajou por várias cidades do Oriente Médio, encontrando-se com diferentes povos e culturas. Essas viagens proporcionaram não apenas uma visão panorâmica da diversidade cultural da região, mas também serviram como palco para a resolução de problemas matemáticos em contextos do cotidiano.
“Aqueles que estudam a evolução do número demonstram que, mesmo entre os homens primitivos, já era a inteligência humana dotada de faculdade especial a que chamaremos o sentido do número. Essa faculdade permitia reconhecer, de forma puramente visual, se uma reunião de objetos foi aumentada ou diminuída, isto é, se sofreu modificações numéricas.”
Um dos pontos altos da trama é a visita a cidade de Basra, onde Beremiz se deparou com uma série de desafios propostos por uma sábia mulher chamada Jehanne. Esses desafios incluíram problemas geométricos e aritméticos intricados, que Beremiz enfrentou com maestria, consolidando ainda mais sua reputação como um gênio matemático. Além das habilidades matemáticas, o livro também aborda questões éticas e morais, explorando a personalidade justa e íntegra de Beremiz. Sua honestidade e integridade são testadas em várias situações, e sua conduta exemplar contribuiu para a construção do seu caráter admirável.
O Homem que Calculava – Conclusão
O desfecho do livro traz um desafio final, que colocou à prova todas as habilidades adquiridas por Beremiz ao longo da narrativa. O último desafio foi proposto pelo poderoso Califa. Caso Beremiz acertasse, poderia se casar com a filha do Califa, a qual havia ensinado matemática por vários dias, sem, entretanto, vê-la. O problema final era o seguinte: 5 escravas entrariam na sala com os rostos tapados. Duas tinham olhos negros e três tinham olhos azuis. As escravas de olhos negros sempre diziam a verdade. As escravas de olhos azuis nunca diziam a verdade. Beremiz deveria descobrir a cor dos olhos das cinco escravas. A regra final: ele só poderia fazer três perguntas, mas não poderia fazer mais de uma pergunta para a mesma escrava.
A resolução do problema final é de uma maestria e de uma beleza incrível. Beremiz utilizou apenas o seu raciocínio lógico para chegar na resposta correta e deixar estupefatos todos os presentes. Como combinado, Beremiz conseguiu finalmente ver a beleza da filha do grande Califa, que seria, a partir daquele momento, sua futura esposa.
“O pior sábio é aquele que frequenta os ricos; o maior dos ricos é o que frequenta os sábios.”
“O Homem que Calculava” é uma obra que transcende os limites da matemática, oferecendo aos leitores uma narrativa cativante, repleta de ensinamentos e reflexões. A habilidade de Malba Tahan em entrelaçar a matemática com a narrativa é notável, tornando o livro uma leitura envolvente e educativa, mesmo para aqueles que não possuem uma afinidade natural com os números.
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