Apologia de Sócrates
Apologia de Sócrates

Apologia de Sócrates

Apologia de socrates

Título: Apologia de Sócrates
Autor: Platão
Editora: Saraiva
Páginas: 144

Resumo do livro Apologia de Socrates

Esse diálogo platônico faz parte de uma tetralogia (não-oficial) referente à morte de Sócrates. O primeiro diálogo é Eutífron, em que Sócrates, ainda livre, vai para o tribunal a fim de conhecer as acusações que lhe foram movidas pelo jovem Meleto; a seguir vem Apologia de Socrates, com a descrição do processo; depois Críton, com a visita de seu amigo mais querido ao cárcere; e don, com os últimos instantes de vida e o discurso sobre a imortalidade da alma.

Para aqueles que nunca leram Platão, esse talvez seja um excelente ‘batismo’. Um livro curto, basicamente um monólogo de Sócrates, e que se passa dentro de um tribunal, durante o seu julgamento. Na verdade, é só um trecho do julgamento pois a acusação já havia sido lida e cabia à Sócrates fazer a sua defesa. Após a defesa, há a votação e a posterior condenação do filósofo. Mas não se engane, saber o final da história não estraga o livro.

“O que vós, cidadãos atenienses, haveis sentido, com o manejo dos meus acusadores, não sei; certo é que eu, devido a eles, quase me esquecia de mim mesmo, tão persuasivamente falavam. Contudo, não disseram, eu afirmo, nada de verdadeiro. Mas, entre as muitas mentiras que divulgaram, uma, acima de todas, eu admiro: aquela pela qual disseram que deveis ter cuidado para não serdes enganados por mim, como homem hábil no falar.”

Apologia de Socrates – História

Sócrates foi acusado de cometer 3 crimes:

“Sócrates comete crime corrompendo os jovens e não considerando como deuses os deuses que a cidade considera, porém outras divindades novas.”

Assim, além de não acreditar nos deuses da cidade, Sócrates tentou incluir novos deuses e, acima de tudo, corromper os jovens ensinando conhecimentos que causariam danos à política e à sociedade.

Então, Sócrates iniciou seu discurso dizendo que investigava se o oráculo de Delfos estava correto em dizer que ele era o homem mais sábio. O filósofo desenvolveu seu pensamento e concluiu que sim, ele era o mais sábio, posto que em nenhum momento ousou afirmar que sabia alguma coisa, ao contrário daqueles que se diziam sábios sem possuir qualquer inteligência.

“Examinando esse tal, e falando com ele, afigurou-se-me que esse homem parecia sábio a muitos outros e principalmente a si mesmo, mas não era sábio. Procurei demonstrar-lhe que ele parecia sábio sem o ser. Então, pus-me a considerar, de mim para mim, que eu sou mais sábio do que esse homem, pois que, ao contrário, nenhum de nós sabe nada de belo e bom, mas aquele homem acredita saber alguma coisa, sem sabê-la, enquanto eu, como não sei nada, também estou certo de não saber.”

Sócrates se defendeu utilizando sua famosa maiêutica, a arte de levar seus interlocutores a descobrir o conhecimento através da multiplicação de perguntas. Diante de Meleto, um dos acusadores, Sócrates mostrou que este, apesar de acusar o filósofo de corromper os jovens, na verdade não tinha nenhum apreço pela juventude e nem compaixão ou preocupação por eles.

Após a votação, Sócrates se surpreendeu com a contagem apertada de votos. Ele foi sentenciado a morte por uma diferença de apenas 30 votos, mas quando propuseram que ao invés da pena capital Sócrates aceitasse o exílio, o filósofo perguntou de que adiantaria viver, se o conhecimento precisasse ser tolhido.

“Não estás falando bem, meu caro, se acreditas que um homem, de qualquer utilidade, por menor que seja, deve fazer caso dos riscos de viver ou morrer, e, ao contrário, só deve considerar uma coisa: quando fizer o que quer que seja, deve considerar se faz coisa justa ou injusta, se está agindo como homem virtuoso ou desonesto.”

Apologia de Socrates – Conclusão

Como em todos os seus diálogos, Platão coloca na boca de Sócrates palavras e pensamentos que reverberam por muito tempo após a leitura. Questões sobre a vida e a morte; o conhecimento e a ignorância; a justiça e a injustiça; a verdade e a mentira; e muitos outros estão presentes nessa obra.

É impressionante como Platão ainda hoje faz sentido, e eu já não sei se fico maravilhado por isso ou terrivelmente desiludido com a humanidade pelo mesmo motivo.

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Até a próxima!

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